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A um mês e tal de ter o miúdo cá fora, começo a olhar para a casa com outros olhos. Basicamente, acho que é um poço de perigos. Para cada canto que olho só vejo perigos e mais perigos. São os cantos bicudos das mesas, são as janelas e varandas, são as portas dos armários, são as torneiras, são as gavetas, são os detergentes... Enfim, é tudo. Decididamente, a minha casa não é nada baby friendly. Eu sei que, ao início, o puto é tipo planta num vaso, limita-se a ser transportado para aqui e para ali, sem grande interacção, mas num instante cresce e começa a fazer asneiras. E, mesmo antes disso, passamos por uma fase absolutamente espectacular para uma mãe neurótica, que é garantir que não lhe acontece nada quando ele é incapaz de se manifestar e dizer o que lhe vai na alma. Eu nem quero pensar nas noites. Ao começo ainda vá, quando o berço ficar no nosso quarto. Mas mesmo aí tenho para mim que vou ser uma daquelas neuróticas que, de hora a hora, está a encostar um espelho ao nariz da criança para ver se ele ainda respira. Mas e depois? Quando ele se puser a andar (ou melhor, quando for posto a andar) para o quarto dele? Como é que me vou assegurar de que está bem e vivinho da silva? Acho que vou adiar esse momento até o miúdo ter 15 anos… Por vicissitudes da vida (ou por culpa da arquitectura do apartamento), o quarto dele não fica mesmo ao lado do nosso. Aliás, fica quase na outra ponta da casa que, não sendo um palácio de 10.000 m2, ainda tem um corredor grandinho a separar-nos. E se eu não o ouço? E se ele se engasga e eu estou a roncar que nem um porco? E se ele fica meia hora a chorar e eu nada? E se sufoca? E se começa a arder em febre? E se, e se, e se? Oh, meu Deeeus! Claro que já andei a ler sobre o síndrome de morte súbita e tenho pesadelos com isso. Será que nunca mais na vida vou dormir sossegada? Será que vou passar as noites dos próximos anos a fazer piscinas entre quartos, só para garantir que está tudo bem? Ou será que me vou mudar para o quarto do miúdo, ponho um colchãozinho no chão e fico lá de guarda ao berço, tipo cão de fila? Depois venham-me cá dizer que isto de ser mãe não tem nada que saber! Para já, para já, a única coisa que me tranquiliza é saber que existem aparelhómetros que nos ajudam a controlar os miúdos, do género “big brother is watching you”. Neste caso, big mother. Gosto da ideia de ter aparelhos de som e imagem que registam tudo o que os putos fazem e que nos dão algum sossego. Andei a pesquisar a oferta da Philips AVENT nesta matéria e cheguei à conclusão de que preciso de TUDO. A saber:
Intercomunicador para bebés:
O Intercomunicador Philips Avent SCD505, entre outras coisas pralá de boas, vem dotado com a tecnologia que garante um som cristalino e com zero interferências (ninguém quer confundir o choro do bebé com ruídos esquisitos), 100% de privacidade, e não necessita de qualquer tipo de instalação. É ligar e pronto, perfeito para quem, como eu, não se dá particularmente bem com fios e cenas complicadas. Tem também um modo de poupança de energia ECO e um alcance até 330 metros (está óptimo lá para casa). O intercomunicador inclui ainda uma luz de presença e várias canções de embalar. Maravilhoso!
Intercomunicador de vídeo digital para bebés
Sou honesta. A opção áudio parece-me bastante simpática, mas sou um bocadinho como S. Tomé: ver para crer. Assim sendo, os intercomunicadores de vídeo são, sem dúvida, a melhor opção para mim. Ouvir o puto é importante, mas ter os olhos em cima dele é ainda melhor. O intercomunicador Philips Avent SCD610 tem ecrã a cores de 2,4 polegadas (6,10cm), de alta resolução, visão nocturna por infravermelhos, que se liga automaticamente assim que fica escuro (eu avisei que isto era mesmo como o Big Brother), um alcance até 150 metros, luz de presença e canções de embalar. A unidade do bebé é fixa na parede, a dos pais é móvel (pode ser presa ao cinto ou posta num fio de pescoço), para que não percam nada!
(Preço recomendado: 241,50€)
Sinceramente, saber que estas opções estão disponíveis no mercado tranquiliza-me um bocadinho. Acho que são óptimas para evitar que os pais entrem numa espiral de loucura e obsessão que me parece um bocadinho inevitável, sobretudo com um primeiro filho. Eu juro que não quero ser uma maluquinha da segurança, mas também acho que não se pode facilitar. E, nestas coisas, mais vale pecar por excesso do que por defeito. Lamento, Mateus, mas nos primeiros tempos não vais ter assim grande privacidade. Vou estar sempre de olho em ti, meu menino, a controlar cada ruído e cada movimento teu. E dá-te por feliz se eu só usar estes aparelhinhos nos teus primeiros anos de vida. Conhecendo-me como me conheço, a minha vontade vai ser ter sempre uma câmara atrás de ti, pelo menos até aos 35!