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AVENTuras da Mamã #7

por A Pipoca Mais Doce, em 05.08.13



A mala para a maternidade 

 

 Quando os livros sobre bebés nos dizem que a mala para a maternidade deve ser preparada com antecedência, a coisa deve ser levada a sério. Em primeiro lugar, porque o crescimento da barriga é proporcionalmente inverso à vontade de fazer coisas, de andar às compras, de perder tempo em arrumações. Em segundo, porque uma pessoa nunca sabe quando é que a criancinha que habita em nós não se lembra de vir ao mundo mais cedo do que o esperado (ponham os olhos em mim). Foi assim que, para aí às 33 semanas, lá ganhei coragem para fazer a mala da maternidade. Digo “ganhar coragem” porque detesto fazer malas, independentemente da ocasião. E, neste caso, não foi diferente. Comecei por fazer a mala do miúdo, porque sempre me pareceu mais divertido, mas desisti na primeira tentativa. É muita responsabilidade. Escolher as primeiras roupas que alguém vai vestir é um peso muito grande na vida de uma pessoa. São as primeiras roupas com que ele vai ser visto, as primeiras roupas com que vai ser fotografado, e eu não queria que um dia o miúdo visse as imagens e me dissesse “mas o que é que te passou pela cabeça para me enfiares neste babygrow, hã????    Estavas bêbada?”. Dramas estilísticos à parte, a escolha da roupa é mesmo complicada. Consultei várias listas, mas todas eram diferentes no que dizia respeito à quantidade e ao tipo de roupa a levar. Fiz a mala naquela semana em que estavam para aí 50 graus em Lisboa e acho que isso influenciou as escolhas. Há quem diga que os bebés têm muito frio, há quem diga que têm muito calor, há quem diga que vestem o mesmo do que nós, há quem diga que precisam sempre de mais uma peça do que nós... enfim, teorias não faltam. No final, acabei por levar seis  conjuntos (dois por dia), compostos por coisas tão diferentes como cueiros, babygrows, fofos ou conjuntos de duas peças. Tinha uma bolsinha de pano toda bonita para a primeira roupa, mas a restante foi enfiada naqueles saquinhos de congelação, um para cada muda de roupa. Nada giros mas muito práticos. Quando a enfermeira na maternidade me pediu a primeira roupa, passei-lhe para a mão um conjuntinho da Natura Pura que o meu homem me tinha oferecido nos anos e que ficou logo decidido que seria a primeira coisa que o Mateus iria usar. Era um babygrow em algodão, de manga comprida e umas calcinhas e eu achei que estava perfeito, até a enfermeira me dizer “ok, isto é o interior, então e o resto?”. O resto??? Como assim, o resto? Achei que aquilo era mais do que suficiente. Felizmente, como mulher prevenida que sou, para além dos seis conjuntos pedidos levei um saquinho extra com mais umas peças, coisas mais quentes que não sabia se teriam utilidade ou não, e foi isso que me safou. Mas, claro, percebi logo que o resto das escolhas que tinha feito eram infelizes (esqueçam lá os fofos e as coisas muito giras mas nada práticas para aqueles primeiros dias), e no dia seguinte tive de pedir ao homem que me trouxesse mais coisas de casa.

 

Para além da roupa, havia todo um conjunto de coisas que enfiei na mala, sobretudo por não saber se estavam ou não incluídas na maternidade. Achei melhor não arriscar e levei tudo:

  • Fraldas para recém-nascido (umas oito por dia) e resguardos (muito úteis)
  • Fraldas de pano
  • Produtos de higiene para o bebé (toalhitas, produtos de banho, creme de corpo, pomada para o rabo, escova, lima de papel para as unhas, soro fisiológico, compressas);
  • Toalha de banho;
  • Mantinha;
  • Chupetas (levei duas ou três, de materiais diferentes. Para quem quer dar de mamar as opiniões sobre o uso de chupetas não é consensual)
  • Biberões (os da Avent, com o sistema anti-cólicas)
  • Gorrinhos (levei três, mas só usou um, logo na primeira noite)
  • Meias

 

Basicamente, acho que foi isto. Já a minha mala, só preparei no dia, quando rebentaram as águas e percebi que tinha de juntar as tralhas rapidamente. Eis a lista do que levei:

 

  • Três camisas de dormir. É coisa que nunca uso, mas aproveitei os saldos para comprar umas engraçadas. Como achava que não ia dar de mamar, não me preocupei com as aberturas e só uma delas é que tinha botões à frente. Para a próxima já sei;
  • Roupão de Verão;
  • Havaianas;
  • Produtos de higiene (alguns hospitais têm, outros não, mas acho sempre mais agradável termos os nossos);
  • Alguma maquilhagem. Não que haja muita paciência para grandes pinturas depois do parto, mas é sempre bom para receber as visitas com outra cara e para nós próprias nos sentirmos menos alforrecas. Levei um anti-olheiras, um pó bronzeador e uma máscara de pestanas, foi mais do que suficiente;
  • Cuecas descartáveis (dão um jeitaço, mas não são muito fáceis de encontrar, esgotam com alguma facilidade);
  • Pensos higiénicos (há uns próprios para o pós-parto, maiores do que os normais);
  • Todos os exames e análises feitos durante a gravidez;
  • Máquina fotográfica devidamente carregada e com o cartão de memória livre (tratem disto com tempo!);
  • Roupa para sair da maternidade (por acaso esqueci-me disto, teve de ser o homem a levar-me depois, até porque a roupa com que entrei estava absolutamente imprópria para consumo. Levem qualquer coisa mais larguita, porque é bastante provável que ainda não se consigam enfiar na roupa de pré-gravidez);
  • Objectos afectivos. No curso de preparação para o parto disseram-nos que  podia ser bom estarmos rodeadas de coisas que nos causassem conforto, por isso levei a minha imagem da Nossa Senhora de Fátima, que anda sempre comigo, e a minha zebra de peluche de estimação;
  • Revistas (uma companhia maravilhosa nas horas mortas)
  • Carregador de telemóvel

 

À excepção da roupa para sair da maternidade, consegui enfiar tudo isto num saco em poucos minutos. Fiquei espantada com a minha própria eficiência estando sob pressão. Mas, de facto, o ideal é preparar as coisas atempadamente, porque podem não conseguir orientar-se com o efeito surpresa!


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publicado às 21:45


24 comentários

De Carina Lopes a 06.08.2013 às 15:02

Obrigada pipoca, foi muito útil...
Estou grávida de 21 semanas =)

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