Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]



Temas sensíveis

por A Pipoca Mais Doce, em 22.05.13

Assim como quem não quer a coisa, já comecei a avisar que não quero ninguém enfiado no hospital aquando do nascimento da criança. As visitas estão limitadas ao pai e aos avós. Achei, inocentemente, que era uma coisa pacífica, mas já percebi que não. A minha melhor amiga (e futura madrinha do puto) já ameaçou que vai acampar lá para a porta, e uma das minhas cunhadas torceu o nariz e sugeriu que teríamos de repensar a decisão. A opinião da mãe? Pois, aparentemente não conta para nada. Juro que nunca percebi esta pressa que a malta tem em ir ver os bebés, totalmente indiferentes ao facto de a mãe estar mais para lá do que para cá, meia abananada e com a sensação que acabou de ser atropelada por um camião TIR. Para além disso, está também a tentar adaptar-se ao facto de ter ali um ser desconhecido, a tentar perceber como é que funciona aquela cena da mama, muito provavelmente com olheiras, descabelada e a sonhar com sopas e descanso. Mas nãaaaoooo, a malta adora enfiar-se logo no hospital a adorar o menino. Eu já tentei explicar que, quando nascem, os bebés são toooodos iguais e que uma ou duas semanas depois ele ainda continuará bebé, sendo que vai estar mais querido e fofinho, menos encarquilhado e já no seu habitat natural. Até prometi que enviava logo fotos, para que ninguém perca pitada, mas nem isso parece convencer os mais empenhados em assentar arraiais no hospital logo no primeiro dia. Pessoalmente, nunca vou ver bebés aos hospitais. Espero sempre que os pais se sintam suficientemente confortáveis em casa e que sejam eles a fazer o convite. Mas, pelo que percebi, também há gente que leva a mal que não se marque presença, como se isso revelasse indiferença para com a criança. Bem, essencialmente o que eu não quero é um acampamento cigano montado no quarto, com 37 pessoas lá enfiadas ao mesmo tempo, cada uma a dar palpites sobre a melhor forma de pôr o puto a arrotar, ou a dizer que eu estou com má cara, e fechem a janela que está frio, e abram a janela que está calor, e entretanto passaram cinco horas e meia e ainda ali estão. É um momento feliz, claro que sim, e percebo que as pessoas queiram fazer parte, mas também convém não esquecer que é um hospital e que se passou por um parto, não é propriamente uma mariscada ali na Trindade. Enfim. Já sei que este vai ser um daqueles casos em que se uma mãe não os pode vencer tem mesmo de se juntar a eles (até porque não tem outro remédio, é a única que tem MESMO de estar no hospital), mas chateia-me um bocadinho esta coisa de dizer que quero assim e toda a gente dizer "não queres nada, nós aparecemos na mesma e pronto". Está certo...

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 13:16


157 comentários

De ana sofia santos a 22.05.2013 às 13:56

é estranho se a Ana não os vencer :)

De Filipa Pereira a 22.05.2013 às 14:01

Concordo contigo. Quando eu nasci há 32 anos o meu pai proibiu a família de ir ao hospital. Só ele e os meus avós é que me viram, o resto da família só quando para casa. Eu também nunca vou ao hospital ver bebes. As duas únicas excepções foram o filho da minha madrinha e o meu afilhado. A minha melhor amiga já tem 2 e fui vê-lis a casa. É como dizes, aquilo não é nenhuma mariscada. Tenta levar a tua à avante ;)

De Ana a 22.05.2013 às 14:02

Eu sempre fui apologista de irem ao hospital e não a casa. No hospital tens as enfermeiras para te ajudarem e virem dizer que acabou a visita, que está muita gente no quarto, que não é bom para o bebé e para a mãe.... Acredita!! Em casa disse mesmo só depois do bebé fazer um mês e assim foi. Quis lá saber se ficavam chateados ...azar! E continuamos todos amigos! Hospital sim, casa não! ;-)

De Isa a 22.05.2013 às 19:13

Se me permite, acho queisso depende muito da forma de estar de cada um, e de quem nos rodeia. Eu, por exemplo, estava muito nervosa com a amamentação e acho que quer fossem 2 ou 10 pessoas a visitar ao mesmo tempo eu ia estar sempre mais incomodada e mais stressada. Os primeiros momentos são essenciais. Em casa, no meu caso lá está, tenho só uma ideia diferente, já todos sabiam que convidava para um cafézinho ou chá e não era para ficar horas lá metidos. Todas as visitas foram tranquilas... Nunca tinha pensado nessa perspectiva das enfermeiras e concordo, em parte, mas...lá está, a mim fossem 10 ou 2 ia querer fugir dali na mesma :)

De Anónimo a 23.05.2013 às 22:04

Tal e qual!

No hospital, as visitas são de hospital, nos privados mais à vontade, mas as pessoas sentem-se mais na obrigação de limitar o tempo da visit.

Agora em casa nos primeiros tempos? Só se vierem trazer tupperwears de sopa e tabuleiros de arroz de pato (e basta ficarem o tempo estrimamente necessário para os deixarem na cozinha!!!)

De Anónimo a 22.05.2013 às 14:03

Pipoca, tenho gostado muito de ler os seus posts acerca de todo este assunto porque eu própria pensava igual em relação à quase tudo: nunca tive aquele desejo enorme de ser mãe, morria de medo do parto, queria as drogas todas possíveis e ansiava por uma cesariana. Em relação ao tema das visitas, pensava exactamente igual. Mas depois da minha experiência pessoal digo-lhe, sem a mais pequena sombra de dúvida, que mais vale visitas no hospital, porque embora o camião TIR tenha de facto passado por cima de nós, lá temos as enfermeiras para nos ajudar com tudo (no caso do sector privado), e ainda não estamos completamente esgotadas pela falta de sono, do que depois em casa, em que, masmo havendo ajuda do pai e restantes familiares, tudo nos cai em cima. Pense nisso...

De Ana Rita a 22.05.2013 às 14:04

No meu caso, marido e pais já estão avisados. Ninguém nos vai visitar à maternidade, não é para mim uma altura que queira receber visitas. O marido dará notícias por telefone a quem quiser e depois, quando me sentir confortável eu própria convido. Tal como tu, também não o fiz com outras mães, mesmo sem ter passado ainda pela experiência, porque sempre achei que é um momento de muitas emoções, de debilitação física etc. Se tivesse respostas como a tua, de que "aparecemos na mesma" eu falaria seriamente de que não estava a brincar e que agradeceria mesmo que respeitassem a minha vontade. Quem gosta de nós, não vai ficar chateado. Quanto muito, podem não compreender, mas isso também acontece com muitas outras opções parentais ao longo da vida, não podemos agradar a todos.

De Andreia Machado a 22.05.2013 às 14:06

Pois eu concordo!!
Quando o meu 1º filho nasceu toda a família foi ao hospital. Eram tias a telefonar, porque a outra tia estava a demorar muito tempo na visita, era a prima carregada de bolos e bolinhos. E eu acabada de acordar de uma anestesia geral e com muita vontade de apertar o pescoço a alguém. Enfim uma confusão!!
Quando tive a minha filha, aí as coisas foram diferentes! Visitas limitadas ao Pai, ao mano e à minha Mãe. Que maravilha!!

Há que saber respeitar as pessoas e principalmente, uma MÃE QUE ACABOU DE DAR Á LUZ!!

De Inês S. a 22.05.2013 às 14:06

Pipoca, ainda não sou mãe, e apesar de o querer muito, parece-me que não o serei tão cedo. Obviamente que não domino o assunto mas cheira-me (com muita convicção) que quando chegar a altura vai acontecer-me o mesmo! Quanto menos pessoas no Hospital, melhor! Já sei que vai ser uma carga de trabalhos fazer com que percebam as razões, provavelmente até vou já imprimir o teu texto para, na altura, ter bons argumentos e tê-los bem na ponta na língua. Concordo plenamente contigo e entendo-te perfeitamente pois as tuas palavras podiam (e irão) mesmo ser minhas!

Boa sorte, beijinhos e tudo de bom!!!!!

De Anónimo a 22.05.2013 às 14:07

Desculpe mas compreendo perfeitamente que as pessoas querem ir , não tenho nada contra, e muito menos tenho coragem de dizer às pessoas para não irem... até prefiro que venham do que telefonem...claro que depois acredito no bom senso das pessoas para quando virem que está na hora de se irem embora , irem.....

De Patty a 23.05.2013 às 10:04

Pois, mas não vão...
Ficam lá o tempo que lhes dá jeito, tipo 'estou aqui a fazer horas, que só tenho dentista às 6 da tarde', e a mãe (eu) com vontade de as matar, mas demasiado abananada para dizer seja o que for...
É um dos meus desgostos de maternidade, o tempo perdido com visitas cheias de boas intenções e egoísmo. Se fosse hoje teria a mesma atitude que a Pipoca, mas sei que cunhados e padrinhos da criança seriam sempre admitidos ao Domínio dos Deuses...

De Ana a 22.05.2013 às 14:07

Pois, tenho duas filhas e passei pelo mesmo. O pior é que é bem pior do que parece. Agora achas que estás preparada e já sabes que vai ser chatinho. Mas é pior do que isso...

Sinceramente, vais ter de ser mais firme. Se ficarem ofendidos paciência, há que respeitar. Depois passa-lhes, enquanto que essa altura fica marcada em ti para sempre.

Corre com eles Pipoca!

De Rita a 22.05.2013 às 14:12

Na próxima vez q tiver um filho, vou tê-lo ao estrangeiro. Quando tive a minha filha na CUF tive gente no quarto das 12H às 21H, nos 2 dias q lá estive. NUNCA MAIS ME APANHAM NOUTRA!!!!!

De Sandra a 22.05.2013 às 17:36

Eu tenho de concordar consigo..... no preciso momento em que estava a adormecer, aparecia sempre alguem....

Quando um dia tiver outro filho, proibo TODA a gente de ir ao hospital.....
safa....

De Chicca Maria a 22.05.2013 às 22:29

Mas podia ter dito que não queria visitas, que precisava de descansar.

De Rita a 23.05.2013 às 08:59

E avisámos!! Mas quando se tem famílias grandes que se deslocam quase em excursão sempre q alguém está hospitalizado, é complicado controlá-los. Têm aquela mentalidade de que "parece mal" não ir lá, por mais q se diga q não, não parece. Eu tive o "azar" de ir p a CUF q tem visitas todo o dia e tive o quarto sempre cheio de gente. A dada altura só rezava q entrasse uma enfermeira e dissesse q já chega e tirasse aquela gente dali, porque eu não conseguia fazer isso..."parecia mal"...
Sei q no fim do 1º dia, à noite, fartei-me de chorar de cansaço e de impotência. Se fizessem um estudo ás depressões pós-parto, se calhar percebiam q grande percentagem deve-se ao fenómeno TVH (trauma visistas no hospital) ;)

De Vanessa a 27.05.2013 às 16:53

Ahahaha!

Rita adoro o TVH, de certeza que existe há carradas de anos mas ainda estava por documentar.
Estou grávida de 15 semanas e já me atormentam com as visitas!
Para mim as visitas no hospital deviam ficar cingidas ao papá e aos avós e mai nada, nunca visitei nenhuma amiga ou familiar no hospital e só fui a casa quando me convidaram. Faço questão de fazer assim pq é o que quero que façam comigo.
Não me interessa nada que fiquem chateados, têm que se aguentar (!!) e quando for a vossa vez façam à vossa maneira, o meu problema é o meu loving man, que acha que não faz mal nenhum e que não consegue dizer que não às pessoas, etc etc (que nervos).
Por outro lado visitas em casa também não deve ser um bom esquema pois as pessoas não têm hora para se pirarem dali.
Tenho sido uma grávida mega querida, ainda nada de hormonas aos pulos, até tenho sido mais calma e "destressada" do que sou por isso quando chegar à altura vou fingir, ou não, uma potencial explosão de hormonas totalmente incontrolável e ele vai ficar tão aflito que vai ser "my way or the high way" meaning:
- hospital só pai e avós
- casa só com convite e por esta ordem, família chegada e amigos chegados

Amigos e famílias por aí, mesmo que não concordem, cada mulher é uma mulher logo cada grávida é uma grávida, o que vale para mim não tem de valer para todas mas no fim do dia é a vontade da desgraçada que acabou de passar pelo turbilhão de dor e emoções que tem de prevalecer.
E se nós quisermos partilhar com todos então bora para o hospital, mas se alguns de nós preferirmos ter mais privacidade não vos amamos menos por isso nem estamos a fazer nada para magoar ninguém :))

De Rita a 28.05.2013 às 09:22

Tens toda a razão!!! Mas infelizmente é difícil controlar toda a gente e no caso da minha família e na do meu marido é complicado, parecem os ciganos, vai tudo em bando :)
Uma cunhada minha teve a bebé na MAC e não foi melhor; embora não tivesse o dia todo p visitas, nas duas horas q as tinha, era um entra e sai do quarto q não tens noção. E as pessoas acabavam por vê-la e à bebé a correr, visto q havia mais uns 500 lá em baixo à espera :))) Não havia necessidade quando poderiam vê-las mais tarde, calmamente e sem pressas. Enfim...
Espero q corra tudo bem convosco! :))
Bjs

De Vanessa a 28.05.2013 às 13:20

Como eu te compreendo, a minha família até é pequena mas a família do meu marido é, tal e qual, uma bela tribo cigana (God bless them).
Pelo que tenho percebido pelos comentários, no público acaba por haver mais controlo nas visitas tanto pelos horários a cumprir como pelo número de visitas permitido. Vai lá tudo cair na mesma mas parece mais equilibrado, ou não...
Eu devo ter o meu baby na CUF e já percebi que é a loucura, quarto privativo e visitas das 12h às 21h.
Mas enfim, agora só em Outubro é que me devo voltar a preocupar com este tema :))

Comentar post


Pág. 1/13






Digam-nos coisas

apipocamaisdois@gmail.com

Pesquisar

Pesquisar no Blog  


Arquivos

  1. 2015
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2014
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2013
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D