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Preservar ou não preservar as células, eis a questão!

por A Pipoca Mais Doce, em 02.06.13

Quando perguntei a uma amiga minha, grávida, se estava a pensar fazer a criopreservação das células estaminais, disse-me que achava que era mais ou menos como estar a atraír uma desgraça. Que era estar a pensar no pior. Por acaso, nunca tinha visto a coisa nessa perspectiva. Prefiro encarar como um seguro de saúde ou um seguro para o carro. Algo que se adquire na esperança de nunca ter de vir a ser utilizado, mas que nos dá o conforto e a tranquilidade de saber que, se for preciso, está lá. Tenho lido algumas coisas sobre o assunto porque, confesso, até à data, não sabia muito. Há quem diga que não serve para nada (só para gastar dinheiro e mexer com a consciência dos pais), há quem diga que ainda há um longo caminho a percorrer no que toca à aplicação das células, há quem diga que os efeitos benéficos existem e estão comprovados... enfim. Como em todos os assuntos sobre os quais ainda não há muita informação, é normal que as opiniões se dividam (e que, muitas vezes, entrem no campo do extremismo). Conheço várias pessoas que fizeram a preservação das células e gostam de saber que tomaram essa opção (que consideraram a melhor para os seus filhos), conheço outras que não, por acharem caro e/ou por não terem bem a certeza da utilidade do processo. Eu estou mais inclinada a fazer do que a não fazer, mas ainda vou ter de me informar bastante mais sobre o assunto. E aí desse lado? Alguém fez? Alguém pensou fazer e desistiu? Alguém que nem sequer tenha considerado essa opção? Digam-me de vossa justiça, não me escondam nada.

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publicado às 23:56


174 comentários

De Blue - Girl a 03.06.2013 às 01:00

Eu fiz... também me disseram que era dinheiro deitado ao lixo... mas como a medicina está sempre a evoluir... gosto de pensar que estão lá, mas nunca vão ser precisas...

Tudo de bom para o Mateus*

De Rita a 03.06.2013 às 13:50

Olá,

primeiro que tudo queria desejar muito boa sorte para essa viagem alucinante e maravilhosa que ainda mal começou. Eu fiz preservação de células dos meus dois filhos. Financeiramente foi complicado mas acho que nunca mais conseguiria jantar fora na vida, ou ir ao cinema, a um concerto, a uma viagem e pensar que tinha negado aos meus filhos este "e se...". Espero nunca ter que saber se as células têm ou não aplicação, se a tecnologia foi desenvolvida ou se ficou parada. Espero mesmo nunca ouvir falar em nada. É bom sinal, quer dizer que não foram precisas. Sei que não iria suportar haver um problema e descobrir que se tivesse feito a preservação das células até poderia haver esperança mas sendo assim... temos pena. Esse foi um risco que aqui em casa decidimos não correr. Tudo de bom para vocês!

De Ana a 03.06.2013 às 01:31

Eu fiz para os meus três filhos na Bebé Vida. O último kit que comprei é mais completo:

- criopreservação das células do tecido e sangue do cordão umbilical, determinação do sangue do bebé e testes genéticos, basicamente a partir do sangue do cordão vão realizar alguns testes com o objetivo de identificar algumas doenças comuns como intolerância à lactose, à frutose, ao glúten ...
Claro que é um grande investimento, mas, nesta situação e na minha maneira de pensar não é de todo dinheiro deitado ao lixo. Preferi gastar dinheiro nos kits e poupar em outras tralhas desnecessárias.

É uma tranquilidade extra que tenho, nenhuma mãe quer que o filho tenha uma doença, mas, caso isso aconteça sei que o fiz, sei que há mais uma possibilidade e mais uma esperança para os meus filhos.
Já há em Portugal várias famílias que usaram as células - paralisia cerebral - nos filhos e houve uma evolução positiva na qualidade de vida dessas crianças.

Realmente pode ser um grande negócio, mas, também pode não ser. Não sabemos.

De anasantos a 03.06.2013 às 01:36

Pensei em fazer e fui inclusivamente a duas palestras sobre o assunto , tinha o kit e tudo preparado para fazer , mas no ultimo mês decidi perguntar opinião á minha obstetra , foi perentória é um grande negocio dos laboratórios , utilizou até a expressão "vai congelar dinheiro" decidi doar as celulas ao banco publico que ao que parece está desativado.

De Anónimo a 03.06.2013 às 01:37

Olá Ana

Eu estou grávida e quase todas as minhas amigas o fizeram, para mais do que um filho. Eu sempre achei que não faria, que não há ainda muitas evidências dos seus benefícios e que é um dinheiro que não sabemos muito bem se será um investimento a pensar no que poderá acontecer mais tarde, ou para tranquilizar a nossa consciência. Mas o meu marido é profissional de saúde, informado, e é da opinião que com os avanços da medicina até poderá ser usado mais tarde em nós mesmos, pais, em caso doenças degenerativas ou outras. Confesso que fiquei balançada, mas ainda não voltamos a falar para tomar uma decisão final.
Beijinhos,
F.R

De mysupersweettwenty a 03.06.2013 às 02:06

Acho que mais vale ter e não precisar do que precisar e não ter!
Sabias que podes guardar as células num banco público (pelo menos há uns dois anos existia esta opção)? E há quem defenda que é melhor, pois lá, se um dia for preciso, as células recebidas podem ser de outra criança qualquer, que, segundo sei, é a única maneira de curar certas doenças (as que já nascem connosco mas estão escondidas). Para além de que, se não é grátis, é muito barato!
Ainda tenho muitooooooo tempo para pensar nisto (uns 20 anos, espero, xD), mas se esta oportunidade existe acho que deve ser aproveitada! Imagina o peso na consciência se um dia alguma coisa corre mal e tiveres desperdiçado a oportunidade...

De Anónimo a 03.06.2013 às 02:13

Eu fiz, e tal como referes encarei como uma espécie de seguro, na esperança que nunca venha a ser necessário.

Acho que cada um deve agir de acordo com a sua consciência e de acordo com as suas posses, há por aí muita gente a debitar que é um gasto abusivo e que as empresas aproveitam-se e cheguei a ouvir opiniões que era um egoísmo pagar num banco privado quando existe o banco publico, que todos temos obrigação de doar etc etc .

Pois, mas quando se doa as células deixam de ser nossas e o banco publico não garante que as células estão disponíveis se efectivamente precisarmos delas além do que muitas vezes são utilizadas para investigação e não para transplante.

Se não tivesse possibilidades financeiras optaria pela doação ao banco publico, mas felizmente pude pagar para as reservar para os meus filhos. Porque apesar de serem poucas as probabilidades de poderem ser utilizadas no filho a quem se fez a recolha, se os irmãos forem compatíveis dá para fazer o transplante através das células estaminais, reduzindo o risco de rejeição e não tendo de submeter os irmãos ao transplante.

Na minha opinião é daquelas coisas que espero mesmo que nunca aconteça, mas se acontecer eu pelo menos não vou ter aquele pesar na consciência que poderia ter feito e não fiz. E pode até não ser possível utilizar as células, mas pelo menos essa duvida não me seguirá...
É verdade que fica caro, mas muitas das vezes gastamos dinheiro em coisas bem mais supérfluas . Mas é apenas uma opinião e, ao contrário de muita gente, consigo compreender quem tenha opinião contrária.

De morangoazul a 03.06.2013 às 04:25

Eu estou grávida de 34 semanas. Ainda antes de engravidar fui-me informando sobre o assunto. Cheguei à conclusão que não passa de chantagem emocional... Tudo o que fazem é prometer para um futuro desenvolvimentos que não sabem se vão sequer chegar a existir...
Mas para quem quiser fazer a preservação pode sempre fazê-lo ao banco público. Aqui as células ficam armazenadas e podem ser usadas por qualquer criança, não ficando, por isso, reservadas em exclusivo para a nosso bebé. Também podem ser usadas para investigação e desenvolvimento e é gratuito.
Penso que 98% do assunto é puro comércio e que a utilidade efectiva é muito baixa.

De Sara Costa a 03.06.2013 às 07:17

Nós aqui por casa decidimos fazer para as nossas duas filhas, uma com 2 anos e outra com 6 meses, encaramos como sendo um seguro de vida e normalmente brinco com isso dizendo que espero sempre que tenha sido o dinheiro mais mal gasto de sempre! Optamos por fazer por duas empresas diferentes, da primeira pela bebé vida e a segunda pela cytothera, por aconselhamento do medico, pois assim estaríamos "protegidos" em duas frentes diferentes. Realmente há muitas opiniões e nem tudo esta comprovado, mas eu penso sempre que mais vale prevenir. Além disso a questão do dinheiro nao se coloca, pois existem os bancos públicos os quais nao se paga nada, e funcionam como uma doam terão acesso no caso de necessitarem, mas que nao é necessariamente a sua doação! Nao é a mesma coisa que o privado, mas é uma boa alternativa para que todos tenham acesso, independentemente das suas possibilidades.
Beijinhos

De Barbara Reis a 03.06.2013 às 08:03

Olá,

Tenho um amigo que fez doutoramento na área e na altura questionei-o sobre isso..
Aconselhou-me a não fazer porque era um investimento a fundo perdido. Se a doença for genética, o sangue do cordão será portador do defeito genético e por mais umas quantas razões.
Disse-me que neste momento, ainda não compensa o dinheiro gasto. Claro que há situações em que poderá ser uma salvação.
Fiquei com o bichinho e resolvi fazer no sistema público: LUSOCORD.
Faz parte do estado, eles enviam tudo para casa numa caixinha térmica e fazem a recolha (gratuitamente) no dia do nascimento do bebé.
Mas é um sistema público, semelhante a uma recolha de sangue. Não está reservado para o teu bebé, mas para TODA A GENTE.
Fi-lo, não apenas por causa do meu bebé (bate na madeira, cruzes canhoto), mas porque espero que um dia possa ajudar algum bebé, se o meu bebé não necessitar. O ano passado li que não havia verbas do estado para o serviço continuar (?????), mas tenta informar-te no teu centro de saúde ou em qualquer hospital público (MAC talvez). Boa sorte na decisão e uma horinha pequena.
Bárbara

De Xana a 03.06.2013 às 08:13

Estou gravida de gemeas... e obviamente q essa foi uma das questoes q surgiu cá em casa.
Li alguma coisa sobre o assunto, vi as reportagens q apareceram na tv e falei c medicos... a minha opiniao saiu reforçada.... a eventual utilidd das celulas é residual (0.05% ou coisa q o valha). Ate hj mm nos maiores bancos de celulas mundiais q existem ja ha mto, a utilizaçao das celulas foi quase nula e nas ditas doenças mm mas (cancros e afins) acabam por nao ser usadas...

O Instituto Portugues do Sangue emitiu um comunicado no final do ano passado q esta disponivel no site e é mto esclarecedor. Há tb um post da Paracuca (?) - e q a MaeGyver tb fez post - q é medica e explica tim tim por tim tim pq tb acha q a criopreservaçao é uma mina de dinheiro p empresas e pc mais... o ideal era termos um banco pub a func cm deve ser, pq na pratica a utilizacao das celulas no proprio é residual ou ate mm nenhuma.

É claro q s lermos as brochuras das empresas ou formos aos workshops achamos logo q é um seguro q vale a pena...

E dp é um seg q dp de 25 anos acaba...

As minhas pindéricas ainda não nasceram, quero o melhor p elas... mas não fiz esse \'investimento\' :)

De Maria a 03.06.2013 às 15:15

Concordo!!!!!!

De Anónimo a 05.06.2013 às 16:12

concordo e acrescentaria, uma coisa que as empresas nao esclarecem é que a recolha pode não ser boa ou seja podemos estar a guardar uma coisa que para além da probabilidade de uso ser praticamente nula pode não conter nada para evetualmente usar!!!!!!! mas disso nunca falam. recolhi para o banco público ( lusocord) e foi isso que me explicaram que a recolha pode ser bem ou mal sucedida...

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