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A Laranjinha, uma das minhas marcas do coração, vai ter uma acção muito especial para o Dia da Criança e que pretende ajudar os Bebés de São João, no Porto. Integrados no Serviço de Humanização do Centro Hospitalar de São João, os Bebés de São João têm como principal objectivo ajudar as famílias dos bebés que nasçam na unidade hospitalar do Porto. Apoiam as mães e os seus bebés no período pré-natal, não só durante o internamento mas também numa fase posterior, dando especial atenção a famílias carenciadas com gémeos, mães adolescentes e mães solteiras. Todo o apoio é fundamental e mais do que bem-vindo. Entre as várias carências, como produtos de higiene, fraldas ou artigos de puericultura, as roupas são uma das principais necessidades, por isso,Laranjinha decidiu avançar com uma ação solidária na sua página de Facebook, em www.facebook.com/laranjinhasince1981.
A dinâmica é simples e não custa nadinha: até ao dia 30 de Junho, por cada 5 novos “Gostos” na sua página de Facebook, a Laranjinha irá doar uma peça de roupa aos Bebés de São João. Desta forma, a Laranjinha espera oferecer um total de 400 peças. Posto isto, vamos lá embora contribuir com um "gosto" e passar a palavra, para que a missão seja cumprida com sucesso.
Para além disto, nos dias 1 e 2 de Junho, 5% das vendas realizadas nas lojas Laranjinha reverterão a favor dos Bebés de São João. Para incentivar a adesão a esta campanha solidária, durante o fim de semana todos os clientes poderão beneficiar de 15% de desconto nas compras realizadas nas lojas da marca. É de aproveitar!
Dois meses e meio depois de este blog ter sido criado, acabámos de constatar que já teve mais de um milhão de visitas!!! Ueeeepaaaaaaaa! Obrigada a todos os que nos vão acompanhando nesta aventura e que também vão dando o seu contributo. =)
O quarto do Mateus está quaaaaaase pronto. Já temos cama, já temos cómoda, já temos roupeiro, o berço será emprestado, a roupa já foi toda devidamente lavada e passada a ferro pela avó, e já comecei a arrumar algumas coisas. Ainda faltam alguns detalhes de decoração, e não vejo a hora de estar tudo pronto. Menos um stress! Tenho aquele pavor de a criança nascer um mês antes do tempo e depois voltar para casa e estar tudo caótico. Mas pronto, vamos acreditar que vai tudo correr pelo melhor e que pequeno Mati terá tudo pronto e ao dispor.
É já este sábado e, pelo que vou percebendo, parece-me que não vou ter direito a presente. Sim, sempre recebi, e então? Se há o Dia da Mãe e o Dia do Pai, então eu posso perfeitamente reclamar qualquer coisinha no Dia da Criança. Geralmente, e como a data costuma coincidir com a Feira do Livro, os meus pais sempre me ofereceram um ou dois livritos, mas cheira-me que este ano não me safo. Assim como quem não quer a coisa, perguntei à minha mãe se já me tinha comprado presente do Dia da Criança, e a resposta foi qualquer coisa como "este ano já não recebes! Agora a criança é o Mateus, tu és a mãe". Argumentei que no Dia da Mãe ninguém me tinha dado nada. Resposta? "Pois, ainda não és mãe!". Então? No que é que ficamos? Não recebo prenda no Dia da Criança porque tenho uma criança enfiada na barriga, e não recebo prenda no Dia da Mãe porque, tecnicamente, ainda não o sou! Mas que injustiça vem a ser esta? Independemente de estar prestes a ser mãe, serei SEMPRE a criança dos meus pais, por isso acho muito mal ver agora renegado este meu direito ao presente! Mesmo que tenha 50 anos, quero o meu presente! Mas pronto, já se sabe que isto agora vai ser sempre assim. Primeiro o Mateus, depois eu. Adeus presentes de anos, de Natal, etc, etc. A mãe deixa de existir e passa tuuuuuudo para a criança. Está certinho. Estou preparada para isso.
Se têm presentes para oferecer no Dia da Criança e andam sem ideias, ficam umas sugestões giras da Chicco (e aproveitem o desconto de 20%):
Assim como quem não quer a coisa, já comecei a avisar que não quero ninguém enfiado no hospital aquando do nascimento da criança. As visitas estão limitadas ao pai e aos avós. Achei, inocentemente, que era uma coisa pacífica, mas já percebi que não. A minha melhor amiga (e futura madrinha do puto) já ameaçou que vai acampar lá para a porta, e uma das minhas cunhadas torceu o nariz e sugeriu que teríamos de repensar a decisão. A opinião da mãe? Pois, aparentemente não conta para nada. Juro que nunca percebi esta pressa que a malta tem em ir ver os bebés, totalmente indiferentes ao facto de a mãe estar mais para lá do que para cá, meia abananada e com a sensação que acabou de ser atropelada por um camião TIR. Para além disso, está também a tentar adaptar-se ao facto de ter ali um ser desconhecido, a tentar perceber como é que funciona aquela cena da mama, muito provavelmente com olheiras, descabelada e a sonhar com sopas e descanso. Mas nãaaaoooo, a malta adora enfiar-se logo no hospital a adorar o menino. Eu já tentei explicar que, quando nascem, os bebés são toooodos iguais e que uma ou duas semanas depois ele ainda continuará bebé, sendo que vai estar mais querido e fofinho, menos encarquilhado e já no seu habitat natural. Até prometi que enviava logo fotos, para que ninguém perca pitada, mas nem isso parece convencer os mais empenhados em assentar arraiais no hospital logo no primeiro dia. Pessoalmente, nunca vou ver bebés aos hospitais. Espero sempre que os pais se sintam suficientemente confortáveis em casa e que sejam eles a fazer o convite. Mas, pelo que percebi, também há gente que leva a mal que não se marque presença, como se isso revelasse indiferença para com a criança. Bem, essencialmente o que eu não quero é um acampamento cigano montado no quarto, com 37 pessoas lá enfiadas ao mesmo tempo, cada uma a dar palpites sobre a melhor forma de pôr o puto a arrotar, ou a dizer que eu estou com má cara, e fechem a janela que está frio, e abram a janela que está calor, e entretanto passaram cinco horas e meia e ainda ali estão. É um momento feliz, claro que sim, e percebo que as pessoas queiram fazer parte, mas também convém não esquecer que é um hospital e que se passou por um parto, não é propriamente uma mariscada ali na Trindade. Enfim. Já sei que este vai ser um daqueles casos em que se uma mãe não os pode vencer tem mesmo de se juntar a eles (até porque não tem outro remédio, é a única que tem MESMO de estar no hospital), mas chateia-me um bocadinho esta coisa de dizer que quero assim e toda a gente dizer "não queres nada, nós aparecemos na mesma e pronto". Está certo...
Não é nada que eu não soubesse, mas desde que criámos este blog que pude comprovar a minha teoria de há muito: não há ninguém mais fundamentalista do que os pais. Reformulo.. não são os pais, são as mães. As mães defendem posições do mais extremista que há, e ai de quem as tente convencer do contrário. Elas é que sabem. Se com elas foi assim, então tem de ser assim com todas as mães e futuras mães do mundo. E é raro conseguirem pôr-se do outro lado e tentar perceber porque é que há quem pense de outra forma. Notei isto em relação ao tema parto normal Vs. cesariana mas, basicamente, sinto isto em relação a tudo:
- O meu M. mamou até ao ano e meio e NUNCA esteve doente, por isso é óbvio que mamar é muito melhor do que o biberão! Nem sei como é que há mães que não querem dar de mamar, é a coisa mais maravilhosa da nossa existência!
- Cesariana? Como é que alguém pode preferir uma cesariana??? Só pode ser uma ignorante que não se informou devidamente dos riscos!
- O carrinho de passeio XPTO?? Que estupidez! Eu, a minha irmã e a minha prima de Trás-os-Montes comprámos o carrinho XYOZ e esse sim, toda a gente sabe que é o melhor!
- Curso de preparação para o parto?? Mas isso serve para alguma coisa? Eu não precisei de curso nenhum para saber tratar da minha C. e do meu F!
- A sério que a médica acha que às 27 semanas o bebé já não muda de posição? Despede-a, que incompetente! A minha médica, que por acaso está no top 5 de obstetras portugueses e, quiçá, europeus, sempre me disse que rebéubéu pardais ao ninho!
Credoooooo! Este espaço, como tantos outros ligados à maternidade que vou frequentando de quando em vez, é só um espaço de partilha de opiniões. Partilha, não imposição de opiniões. Por isso acho sempre estranho quando a malta se pega na caixa de comentários, cada qual a contra-atacar com uma teoria mais elaborada do que a anterior. Nota-se muita falta de abertura e de respeito para com opiniões contrárias. Ainda ontem fui parar ao Facebook de uma pessoa que eu não conhecia e que escreveu qualquer coisa como "fico admirada com a quantidade de pessoas que vai para o blog da Pipoca defender as cesarianas". E, claro, seguia-se um rol de comentários basicamente a dizer que toda a gente que era pró-cesarianas só podia ser irresponsável, desinformada, ignorante, desconhecedora de todos os riscos, e como é que era possível, e como é que alguém podia preferir uma cesariana a um parto natural, e que de certeza que nunca tinham visto vídeos de cesarianas que correram mal, e mimimimi. Eu juro que fico pasma com estas coisas. Sobretudo, por se tratarem de mulheres! Não era suposto sermos um bocadinho mais solidárias umas com as outras nestes assuntos?
Tal como eu escrevi uma vez neste blog, se me perguntassem que tipo de parto queria ter, acho que optaria pelo natural (ou normal, como lhe quiserem chamar), mas também disse que, lá no íntimo, não me importava nadinha se houvesse uma recomendação médica para optar pela cesariana. A verdade é que não faço questão que seja assim ou assado. Quero o que for melhor para a criança, e tenho a certeza que estou nas mãos de uma médica que quer o mesmo e que me recomendará sempre o que achar mais adequado. Se for parto normal porreiro, vamos a isso, se for cesariana porreiro também, vamos a isso. Já disse que sou uma maricas de primeira e a ideia de cesariana atenua bastante alguns dos meus receios, mas se não for realmente necessário, o mais provável é que siga para um parto normal. Mas se, até lá e com o avançar da gravidez, mudar de ideias, se a ideia do parto normal e todos os medos a ele associados forem crescendo, então optarei, CONSCIENTE e ALEGREMENTE, por uma cesariana. E, claro, nessa altura dispensarei que me venham dizer que há muitos riscos, e que há vídeos horríveis na net, e que já morreram não sei quantas mulheres e não sei quantas crianças durante as cesarianas, e que a recuperação no pós-parto é o equivalente a uma descida ao Inferno, e toda uma listagem de horrores associados ao processo.
O facto de eu não ter nada contra uma cesariana (e de até simpatizar bastante com a ideia), não quer dizer que me sinta no direito de ser hostil ou desagradável com alguém que queira algo diferente. De certeza que há mães que querem parir debaixo de água, ou na serra de Sintra numa noite de lua cheia, ou em casa da avó. De certeza que há quem não queira drogas nem assistência médica. Basicamente, estou-me nas tintas para isso. Cada uma saberá de si, daquilo que lhe faz mais sentido, daquilo com que se sente mais confortável. Dúvidas houvesse sobre a utilidade do curso de preparação para o parto, e aqui está uma das muitas vantagens: lidar com várias grávidas, com várias ideias, perceber que apesar de termos todas em mente o mesmo fim (dar à luz), todas queremos meios diferentes para o atingir. E isso é muito interessante, apresenta-nos várias perspectivas sobre o mesmo assunto e, sem dúvida, torna-nos muito mais tolerantes. De facto, era lindo se eu fosse ter com uma colega que, por exemplo, desejasse parir em casa e lhe dissesse "mas tu és estúpida ou quê? Nunca viste vídeos de partos em casa? Tens noção dos riscos, sua ignorante?".
Nisto da maternidade, como em quase tudo na vida, não há verdades absolutas. O que resulta para uma mãe não resulta para outra. O que resulta para um bebé não resulta para outro. Não faltam exemplos disso nos comentários que me vão deixando. Há quem tenha tido cesarianas espectaculares, há quem tenha tido partos naturais horríveis e jamais queira repetir a experiência, e vice-versa. Ignorância é achar que a nossa opinião é mais válida do que a da vizinha. Quando, bem vistas as coisas, se trata do corpo da vizinha e do bebé da vizinha. A nossa experiência pode sempre ser partilhada (e, obviamente, agradeço muito que o façam), mas não vale a pena tratar as outras, as que têm opiniões e vontades distintas, como se fossem umas ignorantes desinformadas. Há muitas opções válidas e disponíveis, felizmente. Cabe a cada mulher optar pela que acha melhor para si. E cabe às outras não procederem a uma sessão de apedrejamento, como se tivessem a razão absoluta do seu lado. Opinem, opinem muito, que eu sempre defendi que é da partilha de opiniões que nascem belas ideias. Mas não vale a pena passarem atestados de burrice a quem opina de maneira diferente porque, já se sabe, isso nunca resulta e só leva a que a malta se perca em discussões infrutíferas.
Ontem estava em mais uma aula do curso de preparação para o parto, no Espaço Cegonha, e dei por mim a pensar no mesmo que a Leididi pensou. Mas para mim, mais do que o maravilhoso e intrincado processo de conseguir conceber uma criança (bolas, a coisa é mesmo complicada e muito bem feita), acho absolutamente fantástica a forma como o corpo se vai adaptando para o bebé lá poder viver durante uns meses. Se a natureza não fosse para lá de esperta, à medida que as criancinhas iam crescendo esmagavam-nos os órgãos todos e... puuufffff... lá íamos nós desta para melhor. Mas não. Aquilo arruma-se tudo, tudo encaixa no sítio certo para que sua excelência, o bebé, possa fazer piscinas olímpicas ou esticar os membros à sua vontade. Ora a bexiga vai mais para baixo, ora os intestinos vão mais para trás, ora os pulmões, e o fígado, e o coração vão mais para cima, é espectacular. À medida que ia vendo os slides que nos mostraram mais maravilhada eu ficava com aquilo. Claro que estas mudanças são muito mais interessantes e vantajosas para o bebé do que para nós. Os intestinos ficam mais presos, a bexiga aguenta menos, a mudança de sítio do coração e pulmões dá uma sensação de falta de ar, o estômago é mais pressionado, etc, etc. Mas pronto, o que interessa é que os putos se sintam em casa. Depois... depois é acreditar que tudo voltará ao lugar e que no final da festa tudo será arrumado nos devidos sítios!
E se, de repente, a médica disser a uma grávida de 26 semanas que o puto está sentado, muito encaixado cá em baixo, com poucas probabilidades de dar a volta e que, à partida, terá de ser uma cesariana? Isso é...? Motivo para quase bater palmas de alegria e perguntar se há alguma coisa que se possa fazer para ele se manter assim!
Eu não sei se é um pé, se o rabo, se um cotovelo. O que sei é que o sacana do puto tem aqui qualquer coisa encostada às minhas costelas que mal consigo respirar. Aaaaaahhhhhhhh!