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O baptizado

por A Pipoca Mais Doce, em 06.01.14

Muitas pessoas me enviaram mails ou deixaram comentários a pedir para falar do baptizado do Mateus, como foi, os detalhes, etc e tal. Não quero desiludir-vos, mas foi tudo muito simples. E exactamente como eu queria. A data já estava escolhida há algum tempo, 25 de Dezembro. Por ser um dia bonito e uma data inesquecível. Só convidámos mesmo a família próxima e os padrinhos, umas dúzia de pessoas, se tanto. Detalhes? Ora bem, a roupinha dele foi feita pela  minha mãe (um vestido e um casaquinho de malha, muito simples), a salva foi oferecida pela madrinha e a vela mandei fazer na Caza de Vellas Loreto, uma casa com mais de 200 anos e onde ia imenso quando era miúda. Não houve presentes nem recordações para os convidados e também não houve festa, só o almoço normal de Natal. A cerimónia foi muito, muito bonita, ou não tivesse sido ministrada pelo Padre Arsénio, que também nos casou. Gosto muito dele e fez todo o sentido que baptizasse o Mateus. No fim, e como era dia de Natal, o Mateus transformou-se em menino Jesus e, ao colo do Padre Arsénio, toda a gente lhe pôde fazer um festinha. =) Portou-se lindamente o tempo todo, não houve gritos nem lágrimas, nem mesmo na parte da água da cabeça. =)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 10:05

Então e o Natal?

por A Pipoca Mais Doce, em 05.01.14

Eu sei que parece que já foi há uma vida, mas só agora estou a voltar ao ritmo normal e, portanto, só agora é que vem o relato do primeiro Natal do Mateus. Que foi uma alegria, claro. A noite de Natal foi passada em casa dos meus pais, e não sei se o pequeno texugo percebeu que era uma noite diferente, mas ninguém o convencia a dormir. Tentámos pô-lo na cama variadíssimas vezes, mas sem sucesso. Acordava a cada meia-hora e só descansou quando o tirámos do berço e o trouxemos para a sala. E lá esteve, alegre da vida, feliz e sorridente, até à uma da manhã. Acho que ele desconfiava que o Pai Natal ia passar e queria estar acordado, não fosse alguém rapinar-lhe os presentes. No dia seguinte o almoço de Natal foi em nossa casa, com a família toda, novamente muita agitação e Mateus de colo em colo, qual Menino Jesus. Então e presentes? Pois é, eu avisei tooooooda a gente que não queríamos presentes, que ele não precisava de nada, que, na loucura, podiam dar-lhe um livrinho. Moral da história? Vinte e tal presentes. Houve alguma bonecada, claro, mas felizmente a maioria eram livros e roupa. Nós comprámos-lhe apenas um livrinho natalício e abrimos-lhe uma conta, tudo o resto foi oferecido por amigos e família (as avós enlouquecem com o Natal). Relevei porque ele ainda não percebe, mas no futuro isto vai passar pela censura. E, claro, vai trazer problemas ao lar, porque o senhor meu esposo acha que os miúdos devem receber este mundo e o outro, que  o Natal é das crianças, que eles ficam tão felizes a abrir montanhas de presentes, e mimimi. E eu até acredito, mas acho um perfeito disparate e não quero que o  Natal para o Mateus seja só isso, uma quantidade astronómica de presentes. Quero que ele valorize outras coisas, que entenda o verdadeiro significado do Natal e que dê valor às coisas que possa receber. Nos próximos natais ele ainda vai ser muito pequenino, nem vai ter bem noção, mas quando começar na fase da pedinchice e de querer tudo, quero que ele perceba MESMO que não pode ter tudo, mesmo que nós até lhe possamos dar. Pergunta o meu homem: "então mas se toda a gente lhe der presentes o que é que vais fazer?". E respondo eu: "vou racionar! E vou distribuindo ao longo do ano". Sendo que a solução ideal é a família juntar-se toda e dar-lhe só uma ou duas coisas que ele queira mesmo, mesmo, mesmo muito. Se calhar estou a ser tirana, e se calhar até vou mudar de opinião com o passar do tempo, mas para já é assim que penso. Ficam algumas fotos do primeiro Natal:

 

 

O outift natalício, by Laranjinha

 

 

 

Já de pijama, com os presentes à volta 

 

 

 

 

O dia seguinte, com mais presentes e mais um outfit natalício

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publicado às 17:51

As noites...

por A Pipoca Mais Doce, em 05.01.14

Na segunda noite do Mateus no quarto dele estava eu de turno. Pu-lo na cama às nove e tal, não piou e só acordou às oito da manhã. Aliás, eu é que o acordei, que quando cheguei ao quarto ainda ele roncava. Mas é tão giro vê-lo acordar e começar a espernear de alegria por me ver. Coisa mais fofinha de sua mãe. Mas bom, a minha noite foi espectacular. Eu já tinha dito ao homem, mas ele não acreditou: como foi ele a insistir para mudar o Mateus, as noites dele iam ser um inferno e as minhas iam ser um descanso. Era a vingança do pequeno texugo. Ah ah! Hoje foi a noite do homem e adivinhem?? Mateus acordou para aí três ou quatro vezes e ele teve de se levantar três ou quatro vezes. Mas, contrariamente ao que ele diz, grande mentiroso, nem nas noites dele eu durmo descansada. Sempre que ele acordou eu acordei também. Aliás, assim que o intercomunicador dá sinal eu sou a primeira a acordar e a levantar a cabeça para ver o que se passa. Enfim, até as coisas estabilizarem cada noite vai ser uma lotaria, completamente imprevisível. Resta-me esperar que, pelo menos nas minhas noites, ele continue a dormir como um anjo!

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publicado às 14:28

O outro lado da primeira noite do Mateus no quarto dele

por O Arrumadinho, em 02.01.14

Nestas coisas da educação dos filhos, o ideal é nunca haver o pai bom e o pai mau, aquele que se zanga e o que dá palmadinhas nas costas, o que o faz chorar quando o obriga a fazer qualquer coisa que ele não quer, e o que o ampara nessa situação. Isso, é o que diz a teoria. Na prática, nunca é bem assim.

 

Há anos que ouço a minha mulher dizer que eu sou o típico pai banana que deixa os filhos fazer tudo. Sempre rebati isso, e sempre lhe expliquei que a minha reacção deveria ser enquadrada com a idade da criança. De nada vale ter uma conversa séria com um miúdo de 2 anos sobre um assunto qualquer, porque o efeito prático é próximo de zero. Há, simplesmente, coisas que eles não entendem. O mesmo se passa com as chamadas "palmadas pedagógicas", que eu não defendo.

 

Acho que os pais devem sempre agir em conformidade com a gravidade das atitudes dos filhos, tendo sempre em conta a idade e maturidade deles.

O meu filho mais velho sempre foi um miúdo calmo. Nunca fez grandes birras - lembro-me de duas, em sete anos -, sempre foi ternurento e educado, por isso, nunca vi necessidade em ter uma atitude demasiado austera ou rígida para com ele. Claro que já fez disparates, como todos os putos, e asneiras graves, como afogar-me o Mac com um copo de água. Mas, mesmo quando o fez, foi um acidente, que aconteceu com ele, como podia ter acontecido comigo, que também entorno muitas vezes copos de água pela mesa de refeições. Lembro-me de quando isso aconteceu, ele percebeu imediatamente o drama - tinha quase 5 anos - e desatou a chorar, a agarrar-se a mim e a pedir desculpa. O que é que lhe ia fazer? Bater-lhe e colocá-lo de castigo? Achei que não. Vi aquilo como um acidente. Expliquei-lhe a gravidade do que havia feito, disse-lhe que teria de gastar muito dinheiro para arranjar o computador, e ele sempre a chorar. Acho que ele aprendeu a lição com aquela conversa. Bater-lhe ou castigá-lo de forma rígida seria, para mim, efeitos contrários, e deixá-lo-ia mais frustrado, triste, revoltado, e não por isso mais atento aos copos de água.

 

Quando o Mateus nasceu, combinei com a minha mulher que ele ficaria no nosso quarto até aos três meses. Quatro, na loucura. Claro que quando se começou a aproximar a data, ela tratou de arranjar desculpas e argumentos para adiar a coisa. Sempre a tentar puxar pelo meu conforto - "então agora vais ter de te levantar dez vez por noite e atravessar a casa toda para lhe ir pôr a chucha?", e coisas do género. Sempre lhe disse que não me importava, e que preferia isso, e habituá-lo já a esta nova realidade, quando ele ainda não sente a mudança. Claro que é importante os pais recuperarem o seu espaço, mas nem sequer acho isso o mais importante, o que é fundamental é que a transição do bebé para o quarto dele seja pacífica e o menos perturbadora possível para ele - e isso só é possível se ele tiver menos de oito ou nove meses. A mudança de ano - que até tinha sido sugerida pela minha mulher - pareceu-me o momento indicado.

 

Claro que isto só se deu porque eu tive de fazer o papel de mau da fita, e impor-me. Ontem, antes da mudança, já havia todo um rol de argumentos e novas datas para a passagem dele para o outro quarto, mas isto é mais ou menos como a decisão de se ter um filho - nunca há um momento certo, mas se não decidimos avançar, então, nunca nos parecerá o momento certo.

Como a minha mulher contou, o mais complicado foi adormecê-lo. Não sei se ele sentiu a mudança, ou se estava apenas numa daquelas noites em que chora porque tem sono, e quando mais sono tem mais berra. Eu acho que foi mais isso. Não o conseguimos acalmar, mas isso já aconteceu noutras noites, quando ele ainda estava no berço, por isso, acho que foi apenas coincidência.

 

A noite não foi assim tão tranquila como a minha mulher escreveu. Foi, para ela, que não esteve "de turno". Adormecer com a luz do visor acesa não foi fácil, e o som do quarto dele era activado a cada movimento mais brusco, por isso, ouvi várias vezes pequenos gemidos, a chucha a bater contra as grades, inícios de choro que depois não deram em nada, e às 4h40 tive mesmo de me levantar para ir ver se ele estava bem, porque estava a rabujar. Pus-lhe a chucha e adormeceu em três segundos (claro que a minha mulher não ouviu nada disto).

Ainda assim, estava preparado para isto, e para bem pior. É uma fase de mudança, de adaptação, um novo passo na vida do Mateus e na nossa, enquanto pais, por isso, temos de a ver assim mesmo, como algo de diferente, uma realidade que nos surge e com a qual temos de saber lidar.

 

Hoje, é ela a ficar de turno. 

Vai uma apostinha em como a noite me vai parecer maravilhosa?

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publicado às 18:40

Mateus emancipado

por A Pipoca Mais Doce, em 02.01.14

E pronto. Ontem foi a noite em que o Mateus rumou ao quarto dele. Contra a minha vontade, claro, que por mim ficava no nosso quarto até aos 14. Anos! Mas pronto, o paizinho estava morto para o mudar de quarto, para poder voltar às séries e aos filmes nocturno, por isso achou que a primeira noite do ano era a ideal. E lá foi pequeno texugo para o seu quarto e para a cama de grades. Já nos tinham dito para não deixarmos passar os sete meses, porque é a altura em que eles sente mais as mudanças, por isso lá foi ele, do alto dos seus cinco meses e meio . E claro que deu pela mudança, e foi um 31 para o adormecer. Pu-lo na cama pé ante pé, mas eis que acordou e foi um berreiro. Chorava, íamos lá, acalmava, chorava, íamos lá, acalmava, e assim sucessivamente. Até que nem connosco ao lado se acalmou, berrava como se o mundo fosse acabar. Dei-lhe a mão, expliquei-lhe que não o ia tirar da cama, que estava ali com ele, que podia dormir descansado, mas a pedagogia não resultou. Foi uma bonita tentativa, mas sem resultados. E, claro, bambi como sou acabei por ceder e dar-lhe colo. Calou-se no mesmo instante. Nunca se viu tanta manhosice junta. Adormeceu em três minutos, voltei a pô-lo na cama e dormiu a noite toda. Ufaaaaaaa! Tive ali um grande dilema moral quando o tirei da cama, só pensei que estava a ceder, que estava tudo estragado, que nunca mais ia conseguir fazer nada dele, mas depois não quis saber. Não era capaz de o deixar a chorar mais, por isso peguei-lhe e enchi-o de beijos. Pelo meio fui trocando umas mensagens com a minha querida Constança, do Espaço Cegonha, que me tranquilizou e me disse que o instinto era a melhor arma. Disse-me também que deixá-lo chorar é que lhe ia criar inseguranças e medos e necessidade de estar sempre a chamar,  por isso não fazia mal nenhum em dar-lhe colo. E, se fosse preciso, até podia voltar atrás e deixá-lo dormir no nosso quarto, que às vezes estes processos levam tempo. Não foi preciso, ele acabou por domir bem e não estou nada arrependida de ter cedido e lhe ter dado colo. Se não posso dar agora vou dar quando? Lá ficou ele na caminha dele e lá fiquei eu agarrada ao intercomunicador, sempre a espreitá-lo, com medo que aquilo não desse sinal caso ele chorasse. Já quase de manhã aquilo começou a apitar com falta de bateria e eu dei um salto tão grande da cama que até fiquei indisposta. Acredito que, noite após noite, vá sendo mais fácil, mas confesso que gostava muito de o ter ali no berço, mesmo ao lado. Gostava de acordar, espreitar lá para dentro e vê-lo a rir-se para mim. De manhã o pai foi buscá-lo e enfiou-o na cama comigo, e ali ficámos meia horinha na ronha e aos beijinhos. Vamos ver como corre hoje... aiiiii... =(

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publicado às 16:55

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