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Na consulta do primeiro ano o pediatra lançou a bomba sem pré-aviso:
"Pronto, a partir de agora o Mateus já pode comer tudo o que os pais comem."
Hã? Quê? Como assim?
"Sim... tudo o que os pais comem", repetiu o pediatra, como se eu tivesse dificuldades de compreensão.
Mas tudo, tudo, perguntei eu?
"Tudo o que os pais comem" (o meu pediatra é um bocado lacónico)
Mas tipo... sushi? - voltei eu à carga.
"Tudo o que os pais comem"
Tentei puxar ao sentimento: "mas eu não estou preparada para o ver a comer bifes! Ainda é um bebé, só bebe leite e come sopa passada! Não estou preparada para o ver entrar no mundo dos crescidos!"
"Pois... para isso vai ter de ter outro bebé e começar tudo de novo" (pragmático, este meu pediatra)
Bolas. Estou em negação. O Mateus está a crescer, a fazer as suas conquistas e o meu ritmo emocional não está a acompanhá-lo com a mesma rapidez. Primeiro era só o biberão, depois vieram as sopas, depois a papa, depois a fruta, depois as bolachas (que, para mim, já foram assim uma grande loucura) e agora isto: comer tudo o que os pais comem. É verdade que ele já abre a boca a tudo o que eu lhe ponha à frente, mas é em modo brincadeira-experimental, não é para fazer disso vida. Mas pronto, parece que as sopas passadas já não são suficientes para toda a energia que gasta, por isso chegaram as refeições de três pratos à nossa vida: sopa, prato principal (ainda não fugimos muito à massinha com frango) e fruta. Muito mais tempo à mesa e mais louça para lavar. Quanto à rotina de lavagem, continua igual. Há uns meses falei-vos aqui do Power & Pure, a nova linha da Finish com oxigénio activo, com uma fórmula mais inovadora com menos corantes e alergénicos. Agora que vim de férias as pastilhas vieram comigo. Continuo a achar importante optar por um processo de lavagem mais natural e com menos químicos. Não sou fundamentalista dos micróbios, não vivo em paranóia com isso, mas se há produtos que já nos facilitam um bocadinho a vida nesse sentido, por que não usá-los? Pela experiência que tenho tido ao longo destes meses, sempre a usar Power & Pure, a loiça fica impecável e a sujidade é toda removida (mesmo a mais teimosa). Misturo a loiça do Mateus com a nossa - coisa que não fazia antes, lavava a do Mateus à parte -e convivem alegremente. Só vantagens!
Vou juntando todas as fotos do Mateus numa mesma pen, para ser mais fácil organizar-me. Hoje decidi criar uma cópia, porque só tenho aquela pen e se a perco fico sem as fotos todas. Dei-me conta que, neste primeiro ano de vida, tirámos cerca de sete mil fotos. Dei-me também conta que vai ser um terror para fazer álbuns, porque nem sei por onde começar. COMO é que vou escolher entre tantas fotos?? COMO é que tirámos sete mil fotos? Dá cerca de 600 fotos por mês! E COMO é que não fui imprimindo as fotos à medida que os meses iam passando? Vamos sempre adiando, adiando, adiando, e agora é isto. Sete mil fotos para escolher. Aaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiii!
Há uns tempos uma leitora deixou-me um comentário aqui no blog em que perguntava do que é que eu tinha mais saudades dos tempos em que não tinha um filho. Ora bem, aquilo de que eu tenho mais saudades é das tardes de domingo. Se só pudesse eleger uma coisa, era isso que escolhia. As tardes de domingo eram aquelas em que ficava em casa, de pijama, preferencialmente sem sair da cama, a ver televisão, a comer e a dormir. Eram o meu guilty pleasure. Adorava essa despreocupação semanal. Agora também posso ficar em casa, também posso não tirar o pijama, mas as sestas e o descanso acabaram-se com a maternidade. Na loucura, consigo que o Mateus durma uma hora (duas, nos dias mesmo bons), mas nunca é muito fiável. Uma hora é melhor do que nada, mas não é a tarde tooooooda, que era o que me sabia mesmo bem (então no Inverno era uma maravilha). De resto... bem, também tenho saudades de não ter rotinas, mas a isso uma pessoa habitua-se melhor e até nos torna mais organizados. Antes fazíamos o que queríamos, quando queríamos, agora há um bebé que precisa de horas para comer, para dormir, para tomar banho, etc e tal. E, apesar de até sermos bastante descontraídos (não somos daqueles pais que metem na cabeça que o bebé tem de comer SEMPRE ao meio-dia e doze ou que só pode fazer a sesta em casa, sob pena de ficar completamente desregulado), não dá para fugir muito disso. Apesar de trabalhar por conta própria, também passei a ter um horário de trabalho mais limitado. Agora, o meu dia passa-se entre as nove e as cinco, as horas a que o vamos deixar e buscar. Tenho de fazer tudo nesse espaço de tempo (como praticamente toda a gente), porque ali entre as cinco e as nove é o tempo do Mateus. Brincar com ele, dar-lhe banho, pôr o pijama, jantar, pôr a dormir. Confesso que essa quebra no meu dia acaba por mexer com o ritmo de trabalho. Muitas vezes ainda volto para o computador à noite, quando ele já dorme. Depois, claro, há as contingências normais. Já não se sai com a mesma despreocupação, é preciso saber se os avós podem ficar com ele, outras vezes não se quer pedir aos avós para não sermos abusadores, e então fazem-se escolhas. Não nos podemos queixar. temos uma rede de apoio bastante boa e que nos permite fazer muitas coisas, mas também abrimos mão de outras alegremente. Equilíbrio e bom-senso, é o que se quer.
A vida muda, mas muda para melhor. Claro que cada caso é um caso, e nem sempre a chegada de uma criança é um processo pacífico, depende de muita coisa. Para nós tem sido, e é por isso que acho que não sinto assim muito falta de nada da vida de antigamente. É tão melhor agora. Mas se pudesse recuperar as tardes de domingo... E vocês? Se pudessem recuperar só uma coisa era o quê?
O primeiro aniversário do Mateus foi dividido em dois: ontem fizemos a festinha para a família e no domingo haverá um lanche com os amigos. Tirando o facto de o Mateus estar com uma grandessíssima birra por não ter querido dormir à tarde, de resto correu lindamente. Optámos por cantar os parabéns e apagar a vela antes de jantar, para ele poder ir para a cama logo a seguir, caso contrário teríamos berraria até à uma da manhã. Foi muito giro ver a alegria dele com toda a gente a cantar-lhe os parabéns e a bater palmas. Acho que até se me veio uma lágrima ao olho com a emoção de o ver tão feliz. Depois aterrou na cama e dormiu a noite toda, um milagre. O grande protagonista da noite foi, sem dúvida, o bolo de aniversário. Pedi uma coisa simples e bonita, sem grande bonecada, e quando abri a caixa, vi logo que tinham acertado em cheio. Era mesmo aquilo. Simples e perfeito. Mas não era só bonito, era óptimo. O meu homem deu a primeira garfada e anunciou "é um dos melhores bolos que já comi na vida... ou então é por não comer doces há duas semanas". Não era por isso, o bolo era mesmo maravilhoso e arrancou grandes elogios. Bolo de chocolate, com chocolate negro e recheio de leite condensado caramelizado. Ainda estou a babar. Muitoooooo obrigada à Arteirices Gulosas, a autora da obra-prima. Obrigada também à Sogrape, que nos enviou duas garrafas de Mateus Rosé para celebrarmos. Não podia ter mais a ver. =)
Boas notícias para quem é fã da Wells (quem ainda não é vai passar a ser, agora não há desculpas). Acaba de ser anunciado o lançamento da nova loja online, a wells.pt. Todas as marcas que já adorávamos (para os nossos bebés e não só) estão agora pertinho, pertinho, à distância de um clique. Não só estão disponíveis todos os produtos que encontram nas lojas físicas (saúde, dermocosmética, maquilhagem,perfumes, cabelo, bebé e mamã, higiene oral, emagrecimento e ortopedia), como têm um desconto extra e permanente de 10% em cartão Continente.
Há imensa variedade de produtos, mas vale a pena espreitar a zona "Bebé e Mamã", com leites, papas, biberões, chupetas, produtos de higiene e todas aquelas coisas que temos de andar sempre a comprar. Já que tem de ser, ao menos que seja com desconto e sem termos de nos deslocar.
Neste novo site vão poder também consultar todas as campanhas dos Centros de Estética Well's, marcar tratamentos ou ainda subscrever a newsletter que vos põe a par de todas as ofertas e promoções. Não deixem de espreitar a área "Conselhos Wells", com dicas dedicadas à saúde em família, beleza, alimentação saudável, saúde oral, saúde visual e muitos outros. No que toca aos mais pequenos, para já podem ler por lá um artigo dedicado à hidratação do bebé, especialmente importante nesta altura do ano.
Para além de todos estes benefícios, a nova loja Well’s online possibilita ainda entregas em todo o país, mediante o pagamento de uma taxa única de entrega no valor de 2€.
Só bons motivos para se ficar Well´s!
Post escrito em parceria com a Well's
O Mateus faz anos amanhã e não lhe comprei nada de presente. Confesso que não percebo muito destas coisas. O que é que se dá a um bebé que faz um ano e não faz a mínima ideia disso? Não lhe vou comprar roupa nem brinquedos (quer dizer, ainda hoje lhe comprei mais umas pecitas), mas também não sei se é suposto deixar passar a coisa em branco só porque ele não dá conta. Vai que ele um dia me pergunta "então, mãe, o que é que me ofereceram no primeiro aniversário?". Possivelmente não vai gostar de ouvir um "nada" como resposta e ainda espeta comigo num lar. Gostava de lhe dar alguma coisa especial e que ficasse, mas não sei muito bem o quê. Ideias?
Pronto! As tomadas estão protegidas, os cantos da mesa estão protegidos, as gavetas estão protegidas. O Mateus vai ter de esforçar-se mais se quiser mesmo fazer asneiras. Desconfio que rapidamente encontrará coisas novas (e perigosas) com que se entreter. O próximo passo é almofadar a casa toda.
E pronto. Sem dar por ela, assim de mansinho, vi sair da minha boca a frase que mais abominava quando ainda não tinha filhos. Falava-se sobre o triste caso da Judite Sousa, alguém soltou um comentário mais insensível e eu respondi "só dizes isso porque não tens filhos". Ahhhhhhhhhhhhhhh! Sucumbi. Sou, oficialmente, uma "dessas" mães que andam sempre de dedinho no ar, que acham que sabem tudo da vida e que despacham os assuntos com um "quando fores mãe logo vês". Como é que isto aconteceu? Em minha defesa (se é que tenho alguma), devo sublinhar que só usei este argumento numa discussão séria como esta. De facto, só quem tem filhos pode perceber a dor que dá só de pensar em perder um. Quem não tem pode calcular, mas não é a mesma coisa, e só assim se percebe que se aventure a fazer piadas ou comentários mais agrestes. A coisa piorará certamente quando eu usar o argumento "isso é porque não tens filhos" noutras situações. Por exemplo, alguém dizer-me "é normal o Mateus estar a partir todos os pratos do restaurante?" e eu responder, com quatro pedras na mão, "só dizes isso porque não tens filhos". Ou "o Mateus está ali a arrancar o olho a um menino, é suposto?". "Claro que sim, só dizes isso porque não tens filhos". Percebem o que quero dizer, certo? Quando se usa este argumento é porque não temos outro melhor para justificar que os nossos miúdos sejam uns pequenos selvagens. É mais fácil dizer que são os outros que não percebem nada do assunto do que sermos nós a reconhecer que está ali alguma coisa a falhar. Sempre achei que não era preciso ter filhos para se poder dar palpites sobre crianças e sobre a sua educação (ou falta dela). Continuo a achar, mas acho também que há algumas coisas que só os pais percebem. Acho que a maternidade nos torna mais tolerantes. Pessoalmente, já não tenho vontade de esganar toda e qualquer criança que ouse berrar num raio de cinco metros. Na verdade, acho que até dou por mim a olhar para os pais com um sorriso complacente de "aaaaah, eu sei bem o que isso é, não se preocupem". Calma, há casos e casos. Continuo a ter ZERO paciência para birras do tamanho do Evereste, para faltas de educação e para pais xonés e super passivos. Os tais que passam a vida a dizer "quando tiveres filhos logo vês". Mas, sem margem para dúvidas, ficamos mais compreensivos.
Vou estar atenta para ver se deixo escapar mais alguma frase do género. Em caso afirmativo, é porque me passei definitivamente para o outro lado. Misericórdia.
Depois de uma semana de férias com os avós, no Algarve, o Mateus voltou outro. Não sei se por ter mais espaço e mais ar livre, veio de lá com uma desenvoltura inacreditável. Em casa anda mais controlado, de rédea curta, mas lá tinha por onde se espraiar. Já sabia gatinhar, mas agora gatinha a 100 à hora, distâncias enormes, parece que nunca se cansa. Gatinha, e gatinha e gatinha, não está quieto um segundo. Para além disto, também se põe de pé agarrado às coisas e descobriu a nobre arte de abrir gavetas e tirar tudo o que lá está dentro (hoje havia panos espalhados pela cozinha toda), ou chegar à estante dos DVDs e tirar tudo de lá, ou pôr-se a abrir e fechar portas. E pronto, acabou-se o sossego. Já era preciso ter mil olhos em cima dele, agora é preciso ter um milhão. Vou tentar ser cool e descontraída (inspiraaaaaaa, expiraaaaa) para não entrar em histeria permanente a achar que ele se vai entalar, que vai dar cabeçadas, que vai cair, etc e tal. Estas coisas vão acontecer e eu não vou conseguir controlar tudo. Pelo sim, pelo não, hoje fui à Imaginarium comprar-lhe uma espécie de piso de borracha para ele gatinhar em cima daquilo, mas claro que não dá para forrar a casa toda. Quer dizer, dar até dá, mas sai caro (aquilo compra-se ao metro quadrado) e pouco estético. O próximo passo é ir comprar protectores para as tomadas, para os armários, para as gavetas e para os cantos das mesas. Onde é que isso se arranja?
Esta semana os avós continuam de férias (que também precisam) e, por isso mesmo, estamos nós a semana toda com o Mateus. Vamo-nos dividindo, uns dias trabalho eu de manhã e toma o pai conta dele, depois o pai trabalha à tarde e fico eu com ele, e assim vai ter de ser pela semana fora. Pelo meio, arranja-se tempo para o levar ao parque, para brincar com ele aqui por casa ou para ir dar umas voltas, que se estivermos todos sempre em casa damos em malucos. Vai ser uma bela semana! =)
A coisa não estava programada, mas os meus sogros decidiram levar os netos mais velhos ao Jardim Zoológico e, de repente, toda a gente quis ir. Então lá fomos. Avós, quatro netos, tios, uma animação. Família toda enfiada no Zoo. Não ia lá já nem me lembro há quanto tempo, mas acho que é um daqueles sítios que é impossível uma pessoa não adorar e sentir-se uma criança também. Não tinha grandes memórias do espaço, mas achei tudo diferente, parecia que tinham mudado os bichos todos de lugar. Se calhar não mudou assim tanto, eu é que não me lembro. Esta foi a segunda vez do Mateus, já tinha ido uma com o pai. Verdade que ele ainda não tem muita noção se está no Zoológico ou numa praia nas Caraíbas, mas notei que prestava atenção a algumas coisas. Esteve o espectáculo todo dos golfinhos sentado ao meu colo e estava completamente vidrado. Tudo o que tenha assim mais acção e movimento ele gosta, à restante bicharada não ligou muito. Mas lá fizemos o périplo completo, com passagem pelos répteis, macacos, ursos, flamingos, elefantes, girafas (um amor a girafa bebé!!!), leões, etc e tal. Gostei mesmo muito da visita, sobretudo por ser em famíia. Desconfio que nos próximos anos vou ter de lá voltar umas 46 vezes, mas pronto, faz parte.