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Na última aula do curso no Espaço Cegonha metemos literalmente a mão na massa. Ou seja, aprendemos coisas tão úteis como dar banho aos putos e trocar-lhes as fraldas. Assim na teoria, e usando bonecos, a coisa parece relativamente fácil. Mudar a fralda acho que não deve ter assim grande ciência, apesar de nunca ter trocado nenhuma na vida. Mas acho que ao fim de dois dias, depois de já termos trocado umas 390, já se deve conseguir fazê-lo de olhos fechados. Pronto, há a parte chata de limpar xixis e cocós vezes sem fim, mas faz parte do contrato (são aquelas letrinhas pequeninas que vêm no fim). De resto, é tentar acertar com o lado certo da fralda, é deixá-la bem ajustada, é deixar o puto limpinho e hidratado, é levar com xixis na cara e, já agora, é tentar não o deixar baldar-se do muda-fraldas. É chato.
Já a parte do banho parece-me beeeeeem mais complicada. Na aula, com o boneco, tudo parecia espectacular. Mas começo a imaginar um ser escorregadio de três quilos, a esbracejar e a dar às pernas, e tudo isto me parece muito incompatível com água e uma banheira. Temos de garantir que a água não está a escaldar, que não está gelada, que o miúdo não apanha correntes de ar, que não se afoga (também era chato), que temos tudo à mão (o champô, o gel-de-banho a esponja, o creme, o perfume, a toalha, a fralda, a roupinha, o pente), que fica bem lavado... ufaaaaaaaa! É muita coisa! Muita coisa! Acho que vou passar esta tarefa ao pai, assim como quem não quer a coisa. Eu fico a entreter o puto com palhaçadas, a tirar fotos ou a escolher outfits à altura. Essas coisas assim giras e que não põem ninguém em perigo.