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As primeiras fraldas
Pensar em fraldas implica, necessariamente, pensar em cocós e xixis. Não é a coisa assim mais interessante e fofinha do mundo, mas é impossível dissociar bebés dessas duas palavras. É inevitável: o cocó e o xixi vão passar a fazer (ainda mais) parte da nossa vida, variadíssimas vezes por dia. Quase tão natural como a sua sede. E pronto, posto isto, uma pessoa tem de se adaptar, esquecer que é uma nojinhas de primeira (tipo...eu) e preparar-se para o que aí vem. E a preparação passa por começar a abastecer a casa de fraldas, mais ou menos como se a III Guerra Mundial estivesse quase aí a rebentar e fosse preciso açambarcar este mundo e o outro.
Aquando do baby shower, segui a ideia sugerida aqui por uma leitora e pedi aos convivas que nos trouxessem fraldas. E eles, pessoas bem mandadas, trouxeram. Distribuí a coisa de forma a que não aparecesse cá tudo com fraldas só para o primeiro mês, e acho que até correu bem. No quarto do Mateus já dormem uns 15 pacotinhos de fraldas para várias etapas. Parece muito, mas não é nada, bem sei. Se fizermos a média a 10 fraldas por dia (haverá bebés mais “descontrolados” do que outros), por mês serão umas 300. E por ano? Mais de 3500!! Não é espectacular, pensar que num só ano vamos repetir o mesmo processo mais de 3500 vezes? Isto é mesmo melhor pensarmos só ao dia (ou à hora), porque pensar ao ano desmotiva até o mais paciente dos seres.
Mas bom, dizia eu que já temos cá uns quantos pacotes, mas precisaremos de muitos, muitos mais. E por isso ando sempre a ver se descubro onde estão mais baratos. De repente, tornei-me numa daquelas pessoas que estão atentas às promoções dos supermercados para tentar desencantar uma espectacular que me permita comprar fraldas com desconto para ficar abastecida até 2030. Já apanhei uma, mas cheguei tarde e só encontrei tamanhos grandes. Nota-se que sou novata nisto. Já percebi que tenho de estar à porta do supermercado logo pela fresquinha, tipo 7 da matina, e depois, assim que abrir, correr por ali a fora como se não houvesse um amanhã, empurrando crianças e velhinhos e agarrando todos os pacotes de fraldas que conseguir. Alertaram-me para o facto de não valer a pena fazer um grande investimento em fraldas, sob pena de o miúdo poder vir a ser alérgico a alguma marca em específico, mas pronto, algumas tenho de ter. E eu espero que a criança tenha um rabo santo e que não dê chatices, que se adapte a todas as fraldas e mais algumas, de todas as marcas, tamanhos e feitios.
Por uma questão ambiental, ainda pensei no uso de fraldas ecológicas mas, sinceramente (e não me batam por isto), acho que todo o processo dá muito mais trabalho. E eu acredito que, sobretudo ao princípio, queremos é facilitar a nossa vida ao máximo. Para já, é preciso fazer um investimento inicial substancial. Acredito que, com o tempo, acabe por compensar, mas não vi fraldas ecológicas mais baratas do que 15 euros. Sim, cada uma. Depois, é preciso ter um número significativo para poder haver rotatividade, para poder pôr as sujas lavar e ter outras disponíveis para usar. E depois... pois, depois é ter de estar sempre nesse processo diário de lavar fraldas. Bem sei que em tempos idos era assim. Quando eu nasci não havia fraldas descartáveis e a boa e velhinha fralda de algodão é que me valia, mas pronto, as coisas evoluem. Falaram-me também de fraldas descartáveis biodegradáveis, que me pareceram uma opção interessante mas, e corrijam-me se estiver errada, penso que não se vendem em Portugal. Enfim, resta-me continuar no meu processo de armazenamento de fraldas. Se souberem de boas promoções avisem, hã? Não guardem tudo para vocês!