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Ontem diverti-me um bom bocado com um daqueles comentários de uma pessoa tão ridícula que só nos faz rir. Na página de Facebook da Pipoca, uma senhora comentava, de forma furiosa, o facto de a minha mulher ter tido uma criança e, ainda assim, estar no Facebook a comentar o nascimento do bebé de Kate e William. Ou seja, para aquela senhora, o facto de uma mulher ter tido uma criança há uma semana deve inibi-la de poder ter qualquer tipo de vida, de ver televisão, ler revistas ou jornais ou ir à internet. Enfim, gente triste que todos nós conhecemos. Mas serve isto para introduzir este tema, que é, precisamente, o do tempo.
Escrevi aqui há tempos um post em que falava dos tempos agitados que se seguem ao nascimento de um primeiro filho, em que andamos meio às aranhas sem saber muito bem como fazer tudo, a aprender com a experiência, com a prática. Esta era uma das maiores preocupações da minha mulher, coisa que tentei sempre desmistificar, até porque eu iria estar em casa, e como já tenho um filho, já passei por isso, e sei fazer tudo com relativa facilidade. O tempo está a dar-me razão: os primeiros dias do Mateus em casa têm sido absolutamente tranquilos, sem stresses, sem pânicos, e o tempo sobra-nos. Temo-nos revezado nos biberãos e nas mudanças de fralda, temos feito turnos à noite para que um de nós possa dormir tranquilamente, e, assim, damos por nós durante o dia sem nada para fazer, com todo o tempo do mundo para mimar o bebé e aproveitar ao máximo esta fase da vida.
Felizmente, o Mateus é um miúdo calmo, e ainda não chegou à fase crítica das cólicas (espero bem que não venha a chegar), o que facilita muito a coisa. Também ainda é cedo para começarmos a introduzir conceitos como o da diferenciação entre o dia e a noite ou a habituação aos sonos exclusivamente no berço. Ontem, tivemos cá em casa a Constança, do Espaço Cegonha, especialista em sono infantil, que nos deu uma série de dicas e orientações sobre as melhores práticas para que o bebé continue calmo. Hoje já experimentei algumas e, de facto, resultam. Um dos erros que nós já estávamos a cometer era o de não adormecer com o Mateus na nossa cama - impunhamos sempre o berço - para que ele não crie esse hábito, e se torne manhoso. Segundo a Constança, essa fase só acontece a partir das oito semanas. Como o bebé é prematuro, o mais importante é conseguir que ele ultrapasse esta fase de transição barriga da mãe-mundo real da forma menos traumática e mais pacífica possível, por isso, se tivermos que o acalmar em cima do nosso peito podemos fazê-lo sem problema, se tivermos de dormir com ele na nossa cama também não há problema. Cheira-me que o drama maior vai ser o inverso: convencer a mãe a deixar de dormir ao lado do bebé quando ele tiver oito semanas. É que a julgar pelo que tenho visto, a manhosa é ela, e não ele.