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Mãe em aprendizagem

por A Pipoca Mais Doce, em 03.08.13

Em pouco mais de duas semanas já consegui:

 

- Dar o biberão ao miúdo sem lhe tirar a tampa interior. Ou seja, o miúdo sugava, sugava, sugava e não saía nada, e eu a achar estranhíssimo o facto de o leite não estar a baixar;

 

- Aumentar a dosagem de água do biberão e esquecer-me de aumentar igualmente a dosagem de leite em pó;

 

- Chegar à porta de casa com o ovinho, com a alcofa, com a mala dele, com a minha, com tudo e mais alguma coisa, e estar prestes a fechar a porta e o homem dizer-me "eeeerrrr... falta o Mateus";

 

- Ter muita dificuldade em ouvir os arrotos dele. Depois de cada biberão preciso de ter tudo em silêncio absoluto para me concentrar na "operação arroto". A criança faz tantos barulhinhos diferentes que eu fico ali feita parva a perguntar "isto foi um arroto?? E agora? Foi um arroto? Já está? Já foi?".

 

De cada vez que faço asneira fico a pensar "ohhh-meu-Deeeeeeuuuus! Sou uma mãe terrível". Depois o homem diz-me que não, que é normal, que ao princípio estas coisas acontecem, que não dá para controlar tudo, que também é para isto que está lá o pai, e mimimimi, e eu lá me tento convencer que não vou ter à perna a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens.

 

Tirando isto, corre tuuuuuudo às mil maravilhas! =)

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publicado às 17:53


38 comentários

De Anónimo a 05.08.2013 às 16:41

Pipoca, não sou mãe. Mas sou psicóloga e técnica de uma CPCJ;)
Só tenho a dizer que, se já 'assim' estamos atoladas de Processos, imagino como estaríamos se instaurássemos novos por 'acidentes' destes ;)
Não contribua para a teoria de que as CPCJ's são o bicho papão para os paizinhos, porque não somos;)
Um beijinho e felicidades com o Mateus!

De Isa a 05.08.2013 às 22:50

Permita-me o reparo...São o bicho papão, devem ser, e ainda bem que o são sempre que necessário! Existem pessoas a quem chamamos de "pais" e que não merecerem essa denominação. Eu sou das que brinca sobre a CPCJ e acho bem que a entidade seja cada vez mais conhecida e certos "pais" lhe tenham medo, porque infelizmente sei que é necessário. Lidei muito com a CPCJ a nível profissional, por estar ligada à educação, e pude aprender por mim mesma como a entidade é necessária e eficaz - na minha experiência.

Felizmente, e graças ao trabalho que fazem, vi famílias a reaprender a ser uma família, pais a aprenderem a ser pais, mães sem apoio a serem ajudadas com os seus pequenos pseudo-delinquentes e também vi filhos serem afastados de quem lhes fazia mal...os ditos "pais". A estes últimos acho muito bem que o bicho papão lhes caia sempre em cima e falarei sempre bem da CPCJ por opinião pessoal de quem sempre colaborou com a entidade lado a lado e com orgulho por tentar fazer uma pequena diferença em tanto de mal que ainda se faz a quem é inocente.

Parabéns por ser um bicho papão :)

De anónimo a 06.08.2013 às 14:29

Isa:
Antes de mais, em nome das CPCJ's, obrigada pelos elogios:)

Tem toda a razão quando refere que há muitos 'pais' que não merecem essa denominação e, sem dúvida, que é para esses que temos que representar o 'bicho papão'.

No entanto, também cada vez mais assistimos a uma demonização das CPCJ's, provocando estados de alarmismo desnecessário em alguns dos pais (esses sim, com todo o mérito de denominação) que acabam por se cruzar connosco.

Desta forma, sem dúvida que é importante as CPCJ's serem cada vez mais conhecidas. Mas conhecidas por aquilo que realmente fazem e não por 'meia dúzia' de casos que saltam para a Comunicação Social e, invariavelmente, são associados a estórias deturpadas. Conhecidas por casos como os que a Isa refere e que, no fundo, são a essência das CPCJ's.

Mais uma vez, obrigada pelas palavras. Pela partilha da experiência tão positiva e por nos reconhecer eficácia, quando tantas vezes é colocada em questão.

Um bicho papão:)

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