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Por cá tivemos direito a duas ou três noites do demónio. O miúdo continua um paz de alma durante o dia, come e dorme, mas à noite transforma-se e baixa nele um qualquer espírito maligno que o faz berrar como se estivesse a ser espancado. Ou melhor, fazia, porque a coisa acalmou entretanto. O problema era o chamado "sindrome da segunda metade da noite". Até ao biberão da meia-noite/uma corria tudo na paz dos anjos. O problema era quando acordava para o biberão das 3/4 da matina. Fazíamos a rotina de sempre: quem estava de turno nessa noite tirava-o do berço, levava-o para o quarto dele, mudava a fralda e dava o biberão. Mas e depois, quem é que o calava? Começava uma ronda de berraria que, nas noites mais dramáticas, durava quatro ou cinco horas. É que nada o sossegava. Swaddling, white noite, colo, trinta e sete mil posições, massagens, eu sei lá. A única coisinha que o acalmava era a chucha, mas deixava-a cair ao fim de 24 segundos, por isso lá recomeçava o berreiro. Estava a começar a ser rotina só voltar a adormecer lá pelas nove ou dez da manhã. Ou seja, ninguém dormia. Ao terceiro ou quatro dia, recorremos à Constança, do Espaço Cegonha, mulher que domina o sono da criançada, ao melhor estilo encantadora de bebés. E foi tiro e queda. Logo nessa noite pusemos em prática as dicas que no deu e, até ver, tem resultado. Basicamente, quando ele acorda a meio da noite com fome, temos de fazer tudo com a máxima tranquilidade e sossego para não o estimular muito e para o manter semi-adormecido. Já não o levamos para o quarto dele para lhe dar o biberão, damos no nosso quarto, às escuras (só com uma luzinha de presença) e só lhe mudamos a fralda se tiver cocó. Depois de arrotar, damos-lhe 15 minutos de colo (até entrar em sono profundo) e devolvemo-lo à cama dele. Tem resultado. Fica a dormir até ao biberão seguinte, às oito ou nove da manhã. O nosso problema era mesmo estar a agitá-lo a meio da noite com a mudança de quarto, o acender de luzes, etc e tal. E depois só piorávamos a coisa quando víamos que ele não se calava e começávamos a tentar tudo e mais alguma coisa. Em vez de adormecer, só o estávamos a enervar mais com toda aquela informação. Enfim. Há já várias noites que a paz reina no lar. Agora já só sonho com aquela fase em que ele se vai aguentar seis ou sete horas sem reclamar comida. Aí sim, estaremos perto do paraísol