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O bater do coração

por A Pipoca Mais Doce, em 16.03.13

Texto escrito a 25 de Janeiro de 2013:

 

 

Quando fiz a primeira ecografia estava grávida de seis semanas e meia e, basicamente, não se via grande coisa para além de um pontinho escuro a boiar algures no útero (dentro do útero é bom, fora do útero é que é mais chato!). Tinha sete milímetros, quase nada. A segunda eco foi duas semanas depois, e aí já se via mais qualquer coisinha. De sete, a criança passou para 17 mm e já era mais do que um pontinho. Pela primeira vez, ouvi o coração dele/a, que bate a 300 mil à hora. Como é que uma coisa de milímetros já tem um coração tão potente? Espectacular. Trouxe também a primeira "fotografia", para mais tarde recordar. Quando contei que tinha ido fazer a eco, pelo menos quatro pessoas perguntaram "oooooooh,  choraste??????". Eh pá, calma lá. Aquilo é engraçado, e tal, mas não me deu para chorar. "Então mas não é assim uma grande emoção?". Eeeeer.... eh pá... é giro...e é bom sinal, quer dizer que está tudo a correr bem e que, pelo menos, o coração bate como deve ser, mas chorar... pois, chorar não. Aparentemente, não fui a única que não soltou uma lágrima (perguntei a várias amigas), mas fiquei a achar que se calhar vou ser uma mãe do piorzinho que há. Uma mãe que não chora ao ouvir o coração da criança pela primeira vez, só pode ser um cubo de gelo com pernas. Mas saí de lá e fui comprar-lhe uma roupita, para celebrar. Foi a primeira comprada por mim, por isso teve outro sabor. Foi nos saldos, mas pronto, a criança também nunca precisará de saber disso.

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publicado às 17:10


25 comentários

De cubo de gelo2 a 16.03.2013 às 18:48

Ahahah..opa, to a gostar de ler este!! Nunca me passou pela cabeça chorar, mesmo que fizesse um esforço para parecer uma pessoa super sensivel, nao conseguiria chorar numa ecografia...pelo menos nao de felicidade.

No primeiro dia de creche conta se vais sair a chorar e ficar super triste. Eu adoro a minha filha mas no dia em que finalmente a fui deixar, porque por nao ter ajuda dado viver longe da familia, estava com ela desde as 2 semanas de grvaidez permanentemente, e ela era do piorio (tanto que tive de atrasar a entrada na creche, porque era impossivel alguem a aturar, e mesmo quando entrou aos 6 meses teve de ser posta numa sala à aprte durante a hora da sesta para que alguem pudesse dormir ali lololol), nao posso dizer que me senti desesperada e triste, e muito menos vontade de chorar. Foi uma sensaçao revitalizadora e o descanso da mente de conseguir estar mais do que 10 minutos seguidos sem ouvir o choro gritado que teimam em dizer que é agradavel (claro..quem o diz, quando ouço os filhos deles, apenas sao uns gemidos num registo de decibeis que a minha filha nunca teve). A ver vamos!! Normalmente temos de fingir um pouco, eu tive de dizer que "custou um bocadinho". Nao, nao custou, sabendo claro que ficou bem entregue. E chorar quando nascem?? Só se for por saber que a placenta vai sair a seguir..depois de mais de 20 horas a sofrer e a chorar, e de passar o pior dia da minha vida, como me sentir feliz ao ponto de chorar de alegria. pelo menos deu para disfarçar com a quantidade de lagrimas que tinha coleccionado nas bochechas durante o trabalho de parto.

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