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A hora do banho
A primeira vez que pequeno Mati tomou banho foi na maternidade, pelas mãos de uma enfermeira muito despachada e que deve fazer aquilo umas 36 vezes por dia. O pai já sabia como fazer e eu também já tinha aprendido no curso de preparação para o parto, mas fiquei absolutamente fascinada com a rapidez e desenvoltura com que ela fez aquilo. Pega no puto, enfia o puto dentro de água, esfrega o puto, vira o puto, tira o puto, tudo em menos de nada. No dia seguinte tivemos de ser nós a pôr em prática os conhecimentos. Nós como quem diz, foi o pai, que eu achei a combinação “água” e “bebé escorregadio” demasiado perigosa. Cá em casa tem sido assim. O pai prepara a água enquanto eu lhe tiro a fralda e o dispo. Numa das últimas vezes, estava eu neste processo quando pequeno Mateus achou giro começar a fazer cocó, xixi e a bolsar-se ao mesmo tempo. TUDO! O pai a tratar da água e eu sem saber o que limpar primeiro. Peguei no miúdo e eis senão quando ouço “ploooooc”. Voilá, um bocado de cocó em cheio no meu pé, que maravilha. Alegrias da maternidade. Mas bom, dizia eu que a parte aquática da coisa está reservada ao pai. Eu fico ali ao lado, tipo co-piloto, a comandar as operações. Passo os produtos, digo “limpa mais ali”, digo “olha que ainda tem espuma no rabo”, digo “cuidaaaaaaaaaado, vais afogá-lo” e todo um conjunto de instruções úteis. Depois fico à espera de toalha em riste, pronta a receber o rebento molhado. Que, geralmente, está aos berros por esta altura. O miúdo odeia despir-se e odeia sair da água, mas quando lá está ninguém o ouve. Nem pia. Acho que fica tão maravilhado por estar a boiar em água quentinha que nem lhe dá para se queixar. Naquelas noites em que resolve não dormir e berra sabe-se lá porquê, já me apeteceu enfiá-lo na banheira, para ver se acalma. Mas depois a logística é toda tão complicada que desisto logo da ideia. Nos entretantos, e para provar que não sou uma total inapta, já lhe dei banho sozinha. Uma tarde o homem foi não sei onde e eu aventurei-me. Correu tudo pelo melhor (pelo menos, o miúdo ainda respira), apesar de eu estar mortinha de medo de fazer asneira. Mas não, afinal não é assim tão complicado, sobretudo porque ele fica tranquilo e não desata a espernear. Depois disso já lhe dei banho mais vezes, mas acho giro que seja o homem a tratar desse assunto. A última parte do processo fica a meu cargo. Pôr os cremes, pôr a fralda, pôr o pijama, pôr um bocadinho de perfume na roupa e pentear. Tentamos sempre dar o banho à noite, assim mesmo tarde (meia-noite, uma), numa tentativa de amolecer o miúdo e esperar que nos dê uma santa noite. Até agora ainda não encontrámos uma relação causa-efeito, mas não desistimos!
O meu homem gosta de fazer as coisas a olho, mas eu preciso de instrumentos que me orientem. Enquanto ele mistura a água e tenta acertar com a temperatura, eu não me fio e lá vou com o termómetro confirmar se está tudo ok. Temos este da AVENT, que para além de fofinho que só ele, flutua na água e dá a temperatura exacta. Daqui a uns tempos vai ser giro ver o Mati a tentar agarrá-lo.