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Cá em casa, como é sabido, fazemos turnos para aturar adorar a criança à noite. Uma noite fico eu de olho no rebento, na noite seguinte fica o homem. Agora, e para o outro conseguir descansar devidamente, de vez em quando quem está de turno passa a noite noutro quarto com o miúdo. Foi assim que eu já consegui dormir oito ou dez horas seguidas, um verdadeiro oásis no meio das más noites que temos tido. A nova tendência "noites Outono/Inverno 2013/14" tem sido... não dormir! O Mateus agora lembrou-se que giro, giro é dormir horaaaaaaas e mais horas durante o dia e depois ficar acordado à noite. A chorar, claro. Eu não me importo que ele esteja acordado, a sério que não, e até nem me importo de ficar acordada com ele, a ler, a escrever ou a ver televisão, mas com ele aos berros é impossível. Uma destas noites foi da meia-noite às sete da manhã, outra noite foi das três às dez. Uma alegria. Ora eu, mulher de acção, tratei logo de saber o que é que se podia fazer para inverter o processo. E, uma vez mais, entrou em acção a minha querida Constança, do Espaço Cegonha. Liguei-lhe e ela lá me disse que, apesar de ter só sete semanas, talvez já pudéssemos começar a tentar estabelecer uma rotina de sono para o Mateus seguir diariamente. Como nessa noite era eu a estar de turno, pus logo em prática os ensinamentos: banho às oito e meia, biberão no quarto, já às escuras e com uma música de fundo ou white noise, embalar um bocadinho e... cama! Foi espectacular. Rabujou uns minutos mas adormeceu sozinho em menos de nada (fui para a sala e fiquei a controlá-lo com a câmara do intercomunicador) e só acordou por volta da uma, para comer. Dei-lhe o biberão e voltou (voltámos) a dormir até às seis da manhã, altura em que acordou para nova refeição. Não houve gritos, nem choros, nem horas a fio acordado. Foi a chamada noite santa. No dia a seguir, tentámos repetir, mas já não correu tão bem. O miúdo foi acometido de um mega ataque de cólicas que fez com que berrasse das onze às quatro da manhã. O meu homem, que estava de turno, diz que tentou tudo e mais um par de botas, sem sucesso. E, claro, queixou-se que só nas noites dele é que o Mateus apronta. Não é verdade, eu também já tive noites do demónio. A diferença é que quando isso acontece tento logo perceber o que correu mal para garantir que para a próxima corre melhor. Não papo grupos (linda expressão). Por isso, ontem lá fomos nós em missão SOS para o Espaço Cegonha, onde a Constança nos explicou mais algumas técnicas para garantir um sono angelical. E esta noite pequeno Mati voltou a portar-se lindamente, só acordou para comer e, alegria das alegrias, sem berros nem choros. Estou muito apostada nesta coisa de estabelecer rotinas e tentar cumpri-las, acredito que é meio caminho andado para o Mateus começar a diferenciar o dia a noite e perceber quando é que é para dormir e quando é que é para a rambóia!