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AVENTuras da Mamã #12

por A Pipoca Mais Doce, em 10.09.13


 

Para mais tarde recordar


 

Dizem que isto é coisa de primeiro filho, e talvez seja. Que com os seguintes uma pessoa deixa de querer saber, que o entusiasmo já desceu consideravelmente, que temos mais com que nos entreter. Que seja. Coube ao Mateus o lugar de primogénito, por isso terá direito a  tudo aquilo que o meu amor (e a minha paciência) permitir. Neste momento, a paixão assolapada que sinto faz com que ande seeeeeempre a tirar fotos. E a fazer vídeos. E a tentar não perder nenhum momento. E a registar tudo por escrito numa espécie de diário onde procuro escrever todos os dias. E a anotar cada detalhe num álbum próprio. E a usar a aplicação da Avent (My Baby & Me), para anotar horas de comer e dormir, fazer estatísticas (sim, tornei-me numa dessas pessoas) ou fazer montagens fofinhas com fotos.  E a pensar em coisas especiais para celebrar cada mês (ok, até agora ainda só celebrámos um). E a fazer moldes de mãos e pés, só para um dia me lembrar o tamanhinho que ele já teve (como se me pudesse esquecer). E a pôr de lado as roupinhas que já não lhe servem guardando as mais especiais. Dou por mim a pensar sempre em mais e mais coisas que posso fazer para que o Mateus um dia saiba que foi um bebé muito querido por toda a gente. E para que não lhe faltem memórias. Tenho pena, por exemplo, de não ter nenhum vídeo meu em pequena (outros tempos) ou de não ter tantas fotos quanto gostaria. Mas apesar de fazer mil e uma coisas, não faço ideia se ele vai ligar a mínima. Ponho-me a pensar em todas as coisas fofinhas que lhe escrevo, todos os detalhes que vou guardando para ele, e pergunto-me se alguma vez achará graça ou se será só um marmanjo parvo e sem o mínimo de sensibilidade para as pirosices da mãe. Posso estar enganada, mas acho que com uma menina seria diferente . Dão mais valor a estas coisas. Digam-me vocês, mães de meninos. De qualquer forma, não quero saber. Vou continuar a tirar fotos (em mês e meio foram quase duas mil), a planear quadros com detalhes, e a fazer tudo aquilo que me apetecer. Um dia, quando ele for mais velhinho, vou oferecer-lhe muitas destas coisas e esperar que me salte para o pescoço aos abraços e beijos, comovidíssimo. Caso a minha profecia não se cumpra, posso sempre ameaçá-lo com uma ordem de despejo. Se nem assim ele se comover... bem, que se lixe. Afinal, e bem lá no fundinho, todas estas memórias são mais para mim do que para ele.




 

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publicado às 13:49


32 comentários

De ... a 10.09.2013 às 14:35

Suponho que seja normal esse pensamento. Tenho uma menina de 20 meses e vou nas 37 semanas de gravidez de um rapaz. Quanto ao fazer menos pelo segundo tentarei contrariar, mas confesso que quando faço as coisas deste tenho sempre essa sensação que descreves...que não irá ligar ou, se ligar, não dar a importância proporcional ao carinho e trabalho que lhes dediquei. Enfim...se calhar estamos enganadas e a ser injustas com o sexo oposto (eu por exemplo tenho a certeza que o meu irmão adoraria algo assim, mas o meu marido menosprezaria...). Por cá ela teve direito a album de gravidez muito menos completo do que o dele. Também porque com o crescer dela me fui aperfeiçoando com a fotografia e material e portanto o album da gravidez dele está mais trabalhado, bonito e maior. Depois de nascer ela teve direito a um livro enorme (360 páginas) dedicado ao primeiro ano dela. Com capítulos por meses, conto em texto tudo o que fazia, devidamente ilustrado com as fotos. Sinto-me obrigada a fazer o mesmo a este e farei (e tenho agora o dela para me ir seguindo, comparando número de páginas e não me esquecer de coisas a fazer, parece-me que será uma boa forma de tentar igualar atenções).

Deixo-te a sugestão dos albuns/livros da blurb.com
Qualidade e preço impecáveis, o resultado fica muito melhor que os albuns fotográficos daquelas empresas mais comuns (que têm uma impressão offset que considero muito má...), mais barato, mais profissional, a impressão tem muito melhor qualidade. Eu encontrei nestes albuns, onde misturas texto e fotografias, a melhor forma não só de registar tudo como a que creio ser menos morosa e mais interessante de rever no futuro. E olha, mesmo que ele um dia não ligue as estas coisinhas, tenho a certeza que alguém se encherá de muita coisa a vê-las...eu. Portanto, em último caso, vale o esforço para meu próprio proveito no futuro :) (a partir do primeiro ano de vida dela optei por fazer anualmente um livro da família: Família Terere 2013, também na blurb, uma forma de continuar esta coisa e de registar a nossa vida a três e agora a quatro daqui em diante. É que quando eles nascem, nasce uma necessidade extra de ter recordações. E assim com o livro de família anualmente deixo de sentir nos ombros aquele peso de que é algo feito especialmente para ela/ele e custará menos se, no futuro, não lhes ligarem nenhuma :) ).

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