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AVENTuras da Mamã #20

por A Pipoca Mais Doce, em 04.11.13

O peso certo

 

A palavra “percentil” é uma das mais utilizadas no dicionário das mães. Fora desse mundo, ninguém percebe nada do assunto, nem ninguém quer saber. É um tema que as mães a-d-o-r-a-m discutir entre elas e, regra geral, quanto maior o número mais felizes elas ficam. Até pode significar que têm lá em casa uma criança perto da obesidade, mas enchem a boca de orgulho para dizer “ai o seu Afonso só está no percentil 25? O meu Bruninho está no 95.” O mundo divide-se entre duas classes: a dos que não são pais e perguntam o peso dos bebés alheios só para fazer conversa e ouvirem os pais a falar sobre isso entusiasticamente durante, mais ou menos, 45 minutos; e a classe das mães, que levam o assunto mesmo a sério. Eu, sendo mãe, enquadro-me na primeira categoria. Não me interessa propriamente entrar em campeonatos para ver se o meu filho está mais crescido ou mais rechonchudo do que o filho da minha vizinha. Basicamente, só quero saber se ele se está a desenvolver bem e de forma saudável. Mas tendo um bebé que nasceu prematuro esta questão ganha toooooda uma outra importância. O Mateu nasceu com pouco mais de dois quilos e ainda não entrava na curva dos percentis. Tivemos de comprar uma balança para controlar o peso dele em casa, porque não podia descer dos dois. De dois em dois dias lá estávamos nós a pô-lo na balança para ver que tal estava a evoluir, e era uma alegria ver que estava sempre mais gordinho. Deixou de ser um bebé mínimo e super magrinho para se transformar num texugo bochechudo. Só na última consulta, a dos três meses, foi possível fazer uma aproximação ao percentil: está algures entre o 25 e o 50. Ou seja, já tem praticamente o peso normal para um bebé com o tempo dele, sem sinais de prematuridade, e engorda a olhos vistos. As minhas costas que o digam, que já se vão ressentindo das sessões diárias de colo àquela bolinha de 6 quilos. Está bem e saudável, é tudo o que interessa. Mas agora estamos naquela fase chata entre tamanhos, pouco amiga no que toca a comprar roupa. A de 0-3 meses já fica no limite, a de 3-6 ainda lhe fica a boiar. Dramas de mãe! A verdade é que olho para as primeiras fotos do Mateus e já sinto tantas, tantas, tantas saudades de ele ser assim mínimo. Claro que agora está melhor (dá vontade de o engolir), mas parece que já foi há tanto tempo que ele era assim super pequenino e levezinho. Foi só há três meses, mas isto está a passar demasiado depressa. É por isso que o encho de beijos todos os dias. Não há-de faltar muito para não querer. E só a ideia já me deixa o coração em fanicos. 

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publicado às 08:58


19 comentários

De Cristina a 05.11.2013 às 11:43

O meu pequeno contributo, apesar de poder não ser roupa para o agrado de todas as mamãs: a H&M tem roupa para os intervalos, o que é pouco comum noutras marcas. Ou seja, fazem roupa dos 2 aos 4 meses, por exemplo, o que ajuda a fazer a transição da roupa dos 1-3 para os 3-6. Um bocadinho de publicidade gratuita à marca, mas pronto...

De Charlotte Doyle a 05.11.2013 às 14:32

E aquelas conversas entre grávidas que comparam ecos, e medias e pesos e já falam de percentil? Confesso que não tenho paciência. Quando me questionam sobre essas coisas mais técnicas com termos utilizados normalmente pelos médicos, eu respondo logo que não sei nem tenho paciência para esse tipo de comparações. Limito-me a ouvir o que o médico tem para dizer, se no final o resumo da conversa for : o bebé está óptimo, a crescer bem e as medidas estão óptimas, para mim é o suficiente para me sentir feliz. Eu quero é que ele nasça com saúde, que eu própria me sinta bem para ter força e vontade de tratar dele o melhor que puder e sermos felizes juntos. Acho ridículo as pessoas quererem a todo custo compararem-se a si próprias e ao filhos aos outros.

De Teresa Vilela a 05.11.2013 às 19:24

Quanto aos percentis , ainda não tenho experiência de mãe, mas tenho experiência de enfermeira. O que importa não é se o bebé está num percentil elevado, mas sim que siga sempre o seu percentil . Ou seja, é preferível manter-se sempre entre o P25 e o P50 , por exemplo, do que "saltitar" entre o P25 e o P75 (significaria que havia grandes alterações no crescimento).
Um beijito para o Mati e para os papás!

De Juanna a 08.11.2013 às 13:29

A paranóia histérica dos percentis põe-me doenteeeeee. Tenho uma filha no percentil 90 de peso/altura, ou seja, uma foquinha alta. Tenho outra no percentil 15 de peso e 75 de altura, ou seja, um esqueleto com cabelo. São ambas mega saudáveis e é SÓ isso que me interessa. E vocês, mães, qual é o vosso percentil? Só para comparar se estão baixas e gordas ou altas e gordas ou baixas e magras e, e, e, WHO CARES?

De Anónimo a 08.11.2013 às 16:08

Bem a minha filha nasceu prematura sem percentil, depois aproximou-se do 25, entretanto nem sequer entra em percentil nenhum (está abaixo do 5 tanto em altura como peso). No entanto, come bem, é saudável e bem desenvolvida nas restantes questões, por isso, já ultrapassei essa questão do peso! Ela não para, desgasta imenso!
Mas nunca comprei balança, embora me tivesse apetecido muito, mas foi altamente desaconselhado pelos médicos. Pesava semanalmente no pediatra (não levava mais por isso) e sempre correu bem!

Outra questão relativa aos percentis é a que já foram actualizadas, baixando os percentis, por causa dos riscos de obesidade. Além disso, as tabelas não tinham em conta as médias portuguesas (que naturalmente são diferentes), nem mesmo as europeias, eram (e não sei se nesta actualização também foi) tidas em conta as médias norte americanas. Muitos médicos preferiam bebés no percentil 25 do que no 50, por causa disso!

E já agora uma curiosidade, os bebés prematuras tendem a ser bebés/crianças obesas segundos os estudos realizados!

De Nelly Furtado a 12.11.2013 às 18:46

Olá Pipoca e Mateus,
O meu bebecas faz 3 meses esta semana, é um badocha acima do bendito percentil e tudo graças ao leitinho materno. Quando estava grávida as enfermeiras sempre me alertaram para o facto dos boletins do bebé não estarem actualizados aos tempos que correm. Mas está para breve. Contudo, as enfermeiras da obstetrícia sempre referiram que se o bebé estivesse a crescer, a engordar e a sujar determinado número de fraldas, podia bem fazer ouvidos de mercador ao bentido percentil que tanto stress causa aos pediatras. Assim faço, o miúdo está um fofo, só me apetece apertá-lo... se está muito gordinho? Está, mas assim que introduzir os alimentos e começar a mexer-se mais, concerteza entrará num ponto de equilíbrio .

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