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Dormir: para cima, para baixo ou de lado?
Na história dos bebés o que não faltam são teorias sobre a melhor posição para os pôr a dormir. Ao longo dos anos, a coisa foi mudando. Já foi de barriga para baixo, já foi virados de lado, agora é de barriga para cima. Isto é especialmente complicado de explicar às avós que, ao longo dos tempos, vão assistindo a todas estas mudanças. É por isso que, de quando em vez, se saem com um “ai, isto agora é assim? No meu tempo era assado”. Pois. Mas tudo evolui, há cada vez mais estudos sobre os bebés, e é normal que as opiniões vão mudando, de forma fundamentada, tendo em conta o bem-estar da criançada. Pela parte que me toca, não arrisco. Se dizem que é para o deitar de barriga para cima, é de barriga para cima que ele fica. No curso de preparação para o parto também nos alertaram para o facto de as avós ou outras pessoas mais velhas ainda acharem que se faz de outra maneira, pelo que é necessário actualizá-las e explicar como é que é (mesmo que nos lancem um olhar magoado e respondam “criei três filhos e quatro sobrinhos e nunca aconteceu nada!”). Segundo a Sociedade Portuguesa de Pediatria, dormir de barriga para cima é a posição mais segura para o bebé , e há estudos que indicam que diminui em 70% a probabilidade de morte súbita. Supostamente, quando o bebé dorme de lado ou de barriga para baixo, inspira o mesmo ar que inspira, com menos oxigénio e que pode levar à asfixia do bebé. Há quem contra-argumente com a questão do vómito, mas se o bebé se engasgar vai tossir e manifestar-se, conseguimos ouvir e socorrê-lo. Se morrer por asfixia é uma morte silenciosa. Não vos quero, de todo, assustar com este assunto, mas acho importante falar disto. Imagino que todas as maternidades partilhem da mesma ideia e o transmitam às mães, mas nunca é de mais. Apesar de seguir todas as regras de segurança, confesso que é rara a noite em que, num momento ou outro, não vou espreitar o Mateus só para me assegurar de que está tudo bem. Vejo se está quentinho, se está a respirar, às vezes chego ao ponto de o abanar assim muito ao de leve, ou de lhe fazer uma festinha na cara, só para ver se reage. Paranóias de mãe, mas não há nada a fazer. Aflige-me muito a ideia de que lhe possa acontecer alguma coisa estando ele ali ao meu lado e eu sem me dar conta. Tento cumprir todas as regras de segurança (não o tapar acima dos ombros, não ter brinquedos espalhados no berço, não o aquecer demasiado), mas há sempre alguma coisa que nos pode escapar. Mas pronto, dormir é de barriga para cima. Pelo menos, até se lembrarem de uma nova tese sobre o assunto!