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E pronto. Ontem foi a noite em que o Mateus rumou ao quarto dele. Contra a minha vontade, claro, que por mim ficava no nosso quarto até aos 14. Anos! Mas pronto, o paizinho estava morto para o mudar de quarto, para poder voltar às séries e aos filmes nocturno, por isso achou que a primeira noite do ano era a ideal. E lá foi pequeno texugo para o seu quarto e para a cama de grades. Já nos tinham dito para não deixarmos passar os sete meses, porque é a altura em que eles sente mais as mudanças, por isso lá foi ele, do alto dos seus cinco meses e meio . E claro que deu pela mudança, e foi um 31 para o adormecer. Pu-lo na cama pé ante pé, mas eis que acordou e foi um berreiro. Chorava, íamos lá, acalmava, chorava, íamos lá, acalmava, e assim sucessivamente. Até que nem connosco ao lado se acalmou, berrava como se o mundo fosse acabar. Dei-lhe a mão, expliquei-lhe que não o ia tirar da cama, que estava ali com ele, que podia dormir descansado, mas a pedagogia não resultou. Foi uma bonita tentativa, mas sem resultados. E, claro, bambi como sou acabei por ceder e dar-lhe colo. Calou-se no mesmo instante. Nunca se viu tanta manhosice junta. Adormeceu em três minutos, voltei a pô-lo na cama e dormiu a noite toda. Ufaaaaaaa! Tive ali um grande dilema moral quando o tirei da cama, só pensei que estava a ceder, que estava tudo estragado, que nunca mais ia conseguir fazer nada dele, mas depois não quis saber. Não era capaz de o deixar a chorar mais, por isso peguei-lhe e enchi-o de beijos. Pelo meio fui trocando umas mensagens com a minha querida Constança, do Espaço Cegonha, que me tranquilizou e me disse que o instinto era a melhor arma. Disse-me também que deixá-lo chorar é que lhe ia criar inseguranças e medos e necessidade de estar sempre a chamar, por isso não fazia mal nenhum em dar-lhe colo. E, se fosse preciso, até podia voltar atrás e deixá-lo dormir no nosso quarto, que às vezes estes processos levam tempo. Não foi preciso, ele acabou por domir bem e não estou nada arrependida de ter cedido e lhe ter dado colo. Se não posso dar agora vou dar quando? Lá ficou ele na caminha dele e lá fiquei eu agarrada ao intercomunicador, sempre a espreitá-lo, com medo que aquilo não desse sinal caso ele chorasse. Já quase de manhã aquilo começou a apitar com falta de bateria e eu dei um salto tão grande da cama que até fiquei indisposta. Acredito que, noite após noite, vá sendo mais fácil, mas confesso que gostava muito de o ter ali no berço, mesmo ao lado. Gostava de acordar, espreitar lá para dentro e vê-lo a rir-se para mim. De manhã o pai foi buscá-lo e enfiou-o na cama comigo, e ali ficámos meia horinha na ronha e aos beijinhos. Vamos ver como corre hoje... aiiiii... =(