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De volta às más noites

por A Pipoca Mais Doce, em 07.02.14

Quando o Mateus começou a dormir noites inteirinhas, das nove da noite às nove da manhã, eu até tinha medo de o dizer alto. Ainda assim, sempre que o dizia, acrescentava sempre "ah, mas isto deve ser só uma fase", já a preparar-me para o pior. A verdade é que depois de saber o que é dormir uma noite inteirinha custa voltar à estaca zero. Ou à estaca um, vá. Voltámos à fase em que o Mateus dorme lindamente a primeira metade da noite (aí entre as nove e as três da manhã) e depois acorda e não há quem o adormeça. Quer dizer, ao fim de duas horas acaba por adormecer-  depois de palrar, gritar, chorar, dormir três segundos e acordar aos berros - mas aí já nós perdemos uma boa parte de sono (e alguns anos de vida). Sacana. Assim que a câmara dá sinal, às três e pouco da manhã, já sei que começa o Carnaval. Vou lá, ponho a chucha, volto para a cama, vou lá, ponho a chucha, volto para a cama, vai lá o pai, põe a chucha, volta para a cama, e ao fim de fazermos isto 23 vezes e nem assim ele adormecer, acabamos por o trazer para a nossa cama e pronto, é remédio santo. Já vacilámos duas vezes. Diz a minha querida Constança que isso não cria habituação, mas eu tenho para mim que estamos a criar um monstro. E não quero. Começo a imaginá-lo com 14 anos a dormir entre nós e penso que temos de cortar desde já o mal pela raíz. Mas há noites em que não é fácil. Já fiquei no quarto dele uma hora, a abanar-lhe a cama até que ele adormecesse, mas nem sempre tenho essa resistência e paciência. Ao fim de nos levantarmos 300 mil vezes, desistimos e pronto. Diz a Constança que ele quer o nosso contacto, e isso já eu percebi. Manhoso. Ora se não tem cocó, se não tem frio, se não tem fome, se não tem nada, só pode mesmo ter uma grande carga de manhosice em cima. Depois de termos passado uma fase óptima nesta casa, em que ele dormia a noite toda e nós também, agora parece que voltámos aos primeiros tempos, em que o Mateus resistia estoicamente e era capaz de ficar cinco ou seis horas acordado. Bem, agora não é assim tão mau, também não exageremos, é verdade que ele acorda muito menos, mas enerva-me muito esta coisa de nunca saber como vai ser a noite. Não gosto da imprevisiblidade. Quando dormia no nosso quarto corria tudo às mil maravilhas, passou para o quarto dele e é isto que se vê. Hoje alterei-lhe a rotina, para ver se muda alguma coisa. Em vez de ser banho, jantar e cama, hoje experimentámos dar-lhe o jantar primeiro, deixá-lo estar acordado um bocado, dar-lhe banho, dar-lhe um biberão e enfiá-lo na cama. Pu-lo lá ainda acordado, resmungou três minutos e acabou por adormecer. E eu aqui estou, em estado de alerta e ligeiramente ansiosa, porque acho que daqui a duas ou três horas ele vai acordar e temos o caldo entornado. E o pior é que basta eu ter de me levantar para lhe pôr a chucha uma vez que depois já não consigo voltar a adormecer. Se me levanto, está tudo estragadinho. Lá vou eu para debaixo do edredon com o iPad,  ver episódios da novela, escrever, divagar no Facebook, e assim se passam umas duas horas até adormecer de novo. Enfim. Deixa-me mas é ir dormir, que não tarda são três da manhã.

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publicado às 00:00


83 comentários

De Sílvia a 07.02.2014 às 17:45

É por essas e por outras que o meu dorme connosco na cama, ele há-de ir para a dele, e enquanto isso eu e o pai dormimos descansados!

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