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Com o pai com uma gripe de caixão à cova e com a mãe a ir pelo mesmo caminho, ontem peguei no pequeno Mateus e trouxe-o para casa dos meus pais. Sim, trouxe-o, porque hoje também aqui estou. Mas já lá vamos. Apesar da boa intenção preventiva, não resultou. Hoje acordei, liguei logo para a minha mãe a saber do Mateus, como faço sempre que ele fica com os meus pais, e lá veio a notícia: "o Mateus está com febre, não dormiu nada a noite toda, mas já lhe pus um Benuron e está bem disposto". Oi? Como? Então o miúdo está doente e ninguém me liga a dizer nada? Eu sei que a intenção foi boa, que não queriam preocupar-me, mas fiquei logo com os nervos esfrangalhados. "Então mas querias o quê? Que te ligasse às oito da manhã a dizer que ele tinha febre?", perguntava a minha mãe, como se fosse assim uma coisa muito estranha. Sim, era exactamente isso que eu queria, que me ligassem às oito, ou às seis, ou às duas ou sempre que fosse preciso. Está certo que não era um caso de vida ou morte, mas eu qeria saber na mesma. Despachei-me em três segundos, cancelei tudo o que tinha marcado e lá fui eu ter com o texugo. Encontrei um bebé choroso e com cara de doente, e encontrei uma avó quase em modo ofendido por eu ter ido logo a correr. "Até parece que não confias em nós, olha que não há ninguém neste mundo que trate tão bem dele como nós". Drama queen até mais não! Já o meu pai, como sempre, relativizava. "Isto? Isto não é nada! Imagina quando tiver varicela, e sarampo e essas coisas todas!". Sempre a animar as pessoas. Ora é claro que eu confio neles (se não confiasse não o deixava), é claro que eu sei que ele está muitíssimo bem entregue, mas também é claro que, sabendo que o bebé estava doente, não era capaz de continuar na minha vidinha como se nada fosse. Precisava de o ver com os meus olhinhos, de lhe dar colo, de lhe dar mimo. Falei com o pediatra dele, falei com uma pediatra minha amiga, segui as orientações, comprei o que me mandaram e aqui tenho estado, de volta do pequeno ser. Para além da constipação está com uma valente camada de sono em cima, mas dorme dez minutos, acorda, chora, dou-lhe colo e mimo, e tem sido isto o nosso dia. Está mesmo murchinho, não se ri nem acha graça a nada. E eu estou de coração encolhido. Caramba, é a primeira vez que está doente e eu não estava preparada para isto. Trocava de lugar com ele sem pestanejar, só para não o ver assim tão em baixo. Hoje vamos ficar os dois a dormir em casa dos meus pais, já que senhor meu esposo continua cheio de bichezas. Ontem acordou CINCO vezes durante a noite, ensopado, com ataques de febre. Durante o dia está mais ou menos, à noite é o terror. Já fomos ao hospital, já está medicado, mas não há maneira de melhorar. Enquanto estiver assim tem de ficar longe do bicho. Eu cá me vou aguentando, a tomar tudo e mais alguma coisa para ver se a gripe não me ataca em força. Oh, vida dura...