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O Mateus está a começar a perceber que a vida não é justa e que existe uma palavra chamada "não" que o impede (ou tenta, pelo menos) de fazer tudo o que quer. E ele já quer fazer muita coisa, quase tudo asneiras. Rasgar revistas, atirar telemóveis ao chão, atirar pratos ao chão, atirar garfos ao chão, atirar copos ao chão, atirar brinquedos ao chão, atirar comandos ao chão, meter comandos na boca, etc e tal. É tudo mais ou menos deste género. Podia dar-lhe para fazer coisas ajuizadas, mas não, só está bem a fazer disparates. E com os disparates chegou o "não". E chegaram as birrinhas e os amuos e os gritos enervados e as costas arqueadas. Hoje chegou também uma coisa nova. Quando ele, pela enésima vez, decidiu fazer "brrrrllllllll" com a língua e cuspir tudo à volta, estiquei-lhe um dedo à frente do nariz e disse "Mateus, não!". O que é que ele fez? Agarrou-me no dedo, enfiou-o na boca e tau, uma valente dentada com os seus três dentinhos que pareciam inofensivos e, afinal, são verdadeiras dentuças afiadas. Sacana do puto. A reacção teve graça, sobretudo porque eu não estava à espera, mas cheira-me que vou ter de começar a explicar-lhe quem é que manda aqui. E que as frustrações dele não se resolvem à dentada. Temos um longo caminho pela frente.