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O Mateus ainda não liga assim muito a nenhuns desenhos animados em particular, mas tem um fascínio especial pelo Panda (o do canal Panda, não um panda qualquer). Quando ele está em casa temos quase sempre a televisão ligada no Panda, e sempre que o bicho aparece é toda uma loucura. É isso e quando cantam os parabéns (para aí 27 vezes por dia), pára tudo o que está a fazer e fica deslumbrado a olhar para o ecrã e a bater palmas. Pode ver aquilo vezes sem conta, nunca se farta. Mas bom, falava eu da paixão pelo Panda. Há umas semanas fomos a uma festa de anos e uma miúda que lá estava tinha um peluche do dito cujo. Assim que o Mateus bateu com os olhos naquilo decidiu perseguir a miúda o tempo todo, na esperança de que ela lhe emprestasse o Panda. Ela não emprestou, ele choramingou. Há uns dias fui com ele às compras ao Continente e decidi passar na secção de brinquedos para ver se encontrava o desgraçado do Panda. Lá estava ele. Quando o passei para as mãos do Mateus abraçou-o a ele com toda uma emoção, como se fossem melhores amigos. Não largou mais o Panda, e agora tem uma relação de amor-ódio com ele. Tanto o está a atirar pelos ares como se agarra a ele e lhe dá abraços sem fim. Entretanto a minha mãe já lhe começou a comprar as revistas do Panda (nem sabia que existia tal coisa) e lá fica ele horas (bem, vá, minutos) a folhear aquilo. Um dos passatempos preferidos é que, a cada página, lhe vamos perguntando "onde está o Panda?", para ele apontar. Hoje ofereceram-me uma almofada do Panda, mas decidi não lha dar já. Vai ser embrulhadinha e ruma para debaixo da árvore de Natal.
Entretanto, o tema Natal já começa a ser discutido. Ontem a minha mãe apareceu-me com um catálogo de brinquedos e mostrou-me o que estava a pensar dar ao Mateus (eram várias coisas). Disse-lhe que ele tinha brinquedos suficientes, que não valia a pena estar a gastar dinheiro. Bem, só faltou morder-me. Que era Natal, que ela era avó, que era óbvio que ia dar presentes ao miúdo, e blá blá blá. E pronto, cá vamos nós. O ano passado foi a loucura, apesar de eu ter dito a toda a gente que ele não precisava de nada, que lhe dessem livros se quisessem mesmo dar alguma coisa. Ninguém respeitou e foi vê-lo, com cinco meses, a receber vinte e tal presentes. Este ano temo que vamos pelo mesmo caminho. Pela parte que me toca, e para além da almofada do Panda, gostava de lhe dar o Rodeo, o cavalinho da Chicco, porque acho mesmo que ele vai achar graça e dar-lhe uso. Ou então não. Acho que o vou levar primeiro a uma loja, para ele experimentar, e depois logo se vê. Se ele gostar, vou tentar convencer a família a darmos só este presente, em nome de todos, mas desconfio que vá ser uma luta inglória. Ninguém ganha às avós.